Pesquisa do Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), sobre os hábitos de consumo de idosos em relação ao mercado farmacêutico, mostra que 91% deles tem como principal definição para escolher uma farmácia o preço. Isso seria óbvio para o perfil do consumidor brasileiro. Mas esse aspecto revela algo muito mais grave sobre as condições socioeconômicas do Brasil e de idosos, que na maioria das vezes depende de medicamentos para manutenção da saúde: 59% deles já deixou de comprar um remédio por falta de dinheiro.
Na sequência, os demais fatores foram localização, para 64%, e estacionamento, para 63%, dos entrevistados, sendo que o entrevistado poderia optar por mais de uma opção. Participaram da pesquisa 2,2 mil consumidores, com 50 anos ou mais, e 300 cuidadores de idosos em todo o país, com amostras das cinco macrorregiões.
Ponto muito relevante desse público é que a maioria (67%) costuma pagar os medicamentos que compram, prioritariamente. Já 29% retiram no SUS, posto de saúde ou Farmácia Popular e só para 4% os medicamentos são pagos por parentes. Do total, 73% afirmou não ter pesquisado preços em outras farmácias.
Ainda como impacto dos preços, se observa que medicamentos genéricos, por serem geralmente mais baratos, foram os produtos mais adquirido pelos consumidores, com 66%, seguido por medicamentos de marcas (42%) e não medicamentos (27%). Consumidores podem adquirir mais um tipo de produto por ida à farmácia.
Também se observa que se tem uma relutância desse público em utilizar serviços farmacêuticos, sendo que apenas 17% dos entrevistados afirmaram ter utilizado algum serviço do tipo nos últimos 90 dias. Além disso, mesmo com a necessidade de isolamento social, 91% desses consumidores afirmaram que realizam compras de forma presencial. Já compras por WhatsApp ou APPs são utilizadas por 16% dos participantes, 14% usam telefones e apenas 4% sites.
(Da Redação Fato Regional)