De modo relativamente recente, o medicamento Ritalina (cloridrato de metilfenidato), começou a ser visto como “a droga do foco” ou a “pílula da atenção”. Há até pessoas façam uso para ter uma falsa “energia extra”, evitando o sono. Só que quem não tem diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), não deveria estar usando o fármaco, pois há efeitos colaterais, como alerta a psiquiatra Andressa Osorio, de Tucumã, região Sul do Pará.
Andressa Osorio observa que o medicamento começou a ser usado de modo indiscriminado por jovens, principalmente estudantes (na fase de preparação para vestibulares ou trabalhos de conclusão de curso) e concurseiros. A Ritalina tem como um dos propósitos combater a dificuldade de concentração, para pessoas com diagnóstico de TDAH ou outros quadros específicos. Mas apesar dos benefícios, alerta a psiquiatra, como todo medicamento, o uso requer orientação.
Veja a explicação da Dra. Andressa Osorio, no Instagram do Fato Regional (@fatoregional)
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“A Ritalina tem sido usada até mesmo para não ter sono em festas. O medicamento tem muita eficácia para pessoas com TDAH ou outros quadros de saúde mental, mas não para quem não apresenta essas condições. Como qualquer medicamento, possui efeitos colaterais e é contraindicado para pessoas com ansiedade não tratada e histórico de morte súbita na família”, diz Andressa.
A psiquiatra pontua que os efeitos de um quadro de ansiedade não tratada podem piorar devido aos efeitos da Ritalina, aumentando o risco de convulsões, de insônia e até mesmo provocar um efeito contrário ao desejado: a dificuldade de concentração. “Busque ajuda e não faça uso dessas medicações sem orientação profissional”, conclui. O medicamento é de venda e uso controlados, com retenção de receita.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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