segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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Queimadas já causaram mais de mil casos de falta de energia no Sul e Sudeste do Pará neste ano; Tucumã está no top 5 de ocorrências

O levantamento é da Equatorial, com base em dados de janeiro a julho deste ano. Somente no Sul do Pará, foram 208 casos, sendo que Tucumã registrou 82 ocorrências. Com o clima mais quente e seco, o fogo pode se alastrar rapidamente e causar estragos maiores, deixando várias pessoas sem energia e incêndios florestais
As queimadas, além de incomodar a população e animais com a fumaça, pode sair do controle rapidamente e afetar a rede elétrica e iniciar incêndios florestais (Foto: Divulgação / Equatorial)

De janeiro a julho deste ano, as regiões Sul e Sudeste do Pará registraram 1.070 casos de falta de energia por conta de queimadas. É um pouco menos do que no mesmo período de 2023, quando foram registrados 1.175 ocorrências. No entanto, ainda é um número elevado de incidentes que, na maioria das vezes, se dá por ação humana. E o período de verão, com clima mais quente e seco, é um catalisador para que o fogo saia de controle.

Os dados são da Equatorial Pará e mostram que, somente nos sete primeiros meses de 2024, os municípios com mais ocorrências foram: Parauapebas (290), Marabá (240), Canaã dos Carajás (121), Tucumã (82) e Tucuruí (60). Especificamente na região Sul do Pará, Tucumã é a líder em casos de falta de energia devido a queimadas, seguida de Redenção (26), Ourilândia do Norte (22), Xinguara (17) e Água Azul do Norte (8).

(Arte: Luã Couto / Fato Regional)

“Diante desses dados, a Distribuidora de energia alerta sobre a importância de não fazer queimadas irregulares para limpar a pastagem, o que é comum principalmente na região sul e sudeste do estado. Além disso, é necessário manter terrenos limpos e não deixar restos de plantações acumuladas na beira de estrada, pois pode se tornar um potencial foco de incêndio”, diz nota da Equatorial sobre o levantamento.

Marcelo Tucunduva, executivo de Segurança da Equatorial Pará, observa que jogar bitucas de cigarro ou fósforos em áreas mais secas já pode ser o suficiente para iniciar uma queimada. A situação se agrava ainda mais quando isso é feito perto de subestações, linhas de transmissão ou rede de distribuição de energia. E muito pior é iniciar fogueiras para incinerar lixo ou abrir pastagens sem orientação.

(Art: Luã Couto / Fato Regional)
(Arte: Luã Couto / Fato Regional)

“É crime realizar queimadas perto de instalações do setor elétrico. Um incêndio pode provocar acidente grave e até fatal, além de afetar desde as indústrias e hospitais até os clientes residenciais com interrupções no fornecimento de energia. Por isso é importante trabalharmos a conscientização para que isso seja evitado”, afirma Marcelo.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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