HOMICÍDIO

Menino de 11 anos morre durante reação a assalto em chácara na vila Sudoeste, na zona rural de São Félix do Xingu

Criminosos assaltaram a chácara de um produtor de cacau da vila Sudoeste, na noite desta sexta-feira (23). No entanto, nesta primeira etapa da investigação — que pode ter novos rumos —, a principal suspeita é de que o tiro que vitimou Miqueias, de 11 anos, não foi dos bandidos, mas sim de alguém de dentro da propriedade, na reação ao crime. As circunstâncias seguem em apuração.

Um assalto a uma chácara na vila Sudoeste, zona rural de São Félix do Xingu, no Sul do Pará, terminou com a vida do menino Miqueias, de 11 anos, ceifada abruptamente. As circunstâncias estão sendo apuradas pela Polícia Civil e o caso pode ter novas linhas de investigação a qualquer momento. No entanto, as informações iniciais apontam que o tiro que vitimou a criança não saiu da arma dos bandidos; saiu de uma arma de dentro da propriedade, na reação ao roubo.

O crime ocorreu na noite desta sexta-feira (23). Os assaltantes — eram pelo menos dois, algo também sob investigação — chegaram à propriedade rural, que tem como um dos focos produção de cacau. Por sinal, cabe ressaltar que produtores de cacau têm sido cada vez mais visados, frente aos aumentos do preço do fruto nos mercados nacional e mundial. Sobram reclamações de assaltos aos cacauicultores. Possivelmente, os criminosos já estavam monitorando a chácara.

Miqueias, a mãe dele e o padrasto estavam passando perto da propriedade rural enquanto o assalto ocorria. Supostamente, segundo as informações iniciais apuradas pela Polícia Civil, havia apenas um adolescente na chácara naquele momento. Diante da abordagem dos criminosos, houve a reação e disparos de arma de fogo foram feitos. Os assaltantes conseguiram fugir, mas um dos tiros realizados de dentro de propriedade atingiu o menino.

Testemunhas informaram às polícias Civil e Militar que, na correria para fugir dos tiros, o padrasto foi atingido por um disparo, mas conseguiu se abrigar numa área de mata e chamar ajuda. Ele não corre risco de morte. A mãe da criança conseguiu escapar dos tiros, só que acabou caindo e quebrando o braço. Não houve chance de socorro para Miqueias, que morreu ainda no local e o corpo teve de ficar exposto até este sábado (24), para a chegada dos policiais.

O superintendente regional de Polícia Civil do Alto Xingu, delegado Rafhael Machado, ressalta que a investigação está no início e tenta elucidar quem exatamente fez os disparos que feriram o padrasto de Miqueias e vitimaram o garoto. E ainda as circunstâncias dos disparos, que legalmente podem ter atenuantes ou agravantes no processo. O fato é que quem atirou será responsabilizado. Resta saber em que nível. E ainda, estão sendo investigados os prejuízos ao cacauicultor vítima do assalto.

O 36º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sob o comando do major Júlio e do coronel Carmona (comandante regional do CPR XIII), já estava na operação “Força Total”, de policiamento ostensivo. Um dos focos agora é restabelecer a segurança no distrito Sudoeste e capturar os suspeitos do assalto à chácara. As investigações sobre o disparo e autor do tiro seguem. Perícias na arma e no corpo da criança vão ajudar a elucidar o caso. Ninguém foi preso.

Quaisquer informações que possam ajudar na solução do caso, podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (181). Se a informação for mais urgente, o ideal é ligar para o 190. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Não é necessário se identificar.

O Fato Regional lamenta a morte de Miqueias e presta condolências à família.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)

LEIA MAIS, NO FATO REGIONAL:

Siga o Fato Regional no Facebook, no Instagram e no nosso canal no WhatsApp!