sábado, 5 de outubro de 2024

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CNI aponta que 77% dos produtos exportados pelo agronegócio do Brasil, em 2023, foram industrializados

Dos 1.929 tipos de produtos exportados pelo agronegócio em 2023, 1.491 eram de bens industrializados, como carnes processadas, açúcar, álcool e celulose . O levantamento reforça que o agro tem uma sinergia íntima com a indústria de transformação. E no Brasil faltam indústrias para subsidiar a produção agropecuária, já que grande parte dos insumos essenciais são importados.
Diferentes segmentos industriais apresentam forte sinergia com o agronegócio e revelam novas oportunidades de negócios ainda não explorados no Brasil (Foto: ₢Wederson Araújo / CNA / Trilux)

Cerca de 77% dos tipos de produtos exportados pelo agronegócio brasileiro, em 2023, foram industrializados. O levantamento é do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que desenvolveu o Painel das Cadeias Agroindustriais. A ferramenta mapeia o cenário nacional da produção agropecuária e identifica vulnerabilidades e oportunidades para o mercado.

Foram mapeados 1.929 tipos de produtos exportados pelo agronegócio em 2023. Desse total, 1.491 eram de bens industrializados, como carnes processadas, açúcar, álcool e celulose. Pelo levantamento, 50,7% do valor das exportações feitas pelo setor agropecuário do Brasil, no ano de 2023, foi de produtos industrializados.

Em relação às compras externas, fertilizantes foram os insumos mais importados pelo agronegócio em 2023, somando cerca de US$ 14,6 bilhões em compras. Na sequência vêm os defensivos agrícolas (US$ 4,8 bi); máquinas, equipamentos e acessórios (US$ 2,5 bi) e sementes (US$ 146,4 mi). Foram gastos cerca de US$ 22,16 bilhões na importação de bens e insumos industrializados para o agronegócio, o que indica a dependência do setor com a indústria externa.

O especialista em políticas e indústria da CNI, Danilo Severian, explica que o Brasil está “desperdiçando” um mercado de dezenas de bilhões de dólares em importações de manufaturados voltados ao agronegócio e que, em boa medida, poderiam ser produzidos internamente, chamando atenção para as oportunidades de negócios.

“A indústria está no coração do agronegócio do Brasil e do mundo e é crucial para seu sucesso. Se quisermos protagonizar de fato uma agenda verde e de baixo carbono, precisamos agregar mais valor ao agro. Mais indústria no agronegócio é mais emprego, renda, preservação ambiental e tecnologia no Brasil e mais Brasil no mundo”, completa Severian.

A cada US$ 100 exportados pelo agronegócio, US$ 50,7 foram de produtos da indústria de transformação. A CNI reforça a sinergia do agronegócio com a indústria na produção. Para cada R$ 1 gasto em insumos na cadeia produtiva do setor agropecuário, R$ 0,83 foram fornecidos pela indústria de transformação.

Por outro lado, para cada R$ 1 gasto na produção de bens manufaturados, a agropecuária contribuiu com R$ 0,08. No conjunto da economia, a cada R$ 1 adquirido em bens e serviços enquanto insumos produtivos, a agropecuária contribuiu com R$ 0,05, a indústria de transformação com R$ 0,43 e a indústria total com R$ 0,50.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da CNI)


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