sábado, 5 de outubro de 2024

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Operação segue removendo animais que estavam sendo criados na Apyterewa, em São Félix do Xingu

Já é a terceira ação de retirada de animais ainda sendo criados na Extensão Apyterewa, no Sul do Pará. As forças de segurança também, investigam incêndios e possíveis sabotagens às ações para impedir a volta das famílias que foram expulsas da área, sob ordens do STF, em 2023, para destinar a área ao povo indígena Parakanã.
É a terceira operação de retirada de animais que seguem sendo criados na área da Apyterewa, que passou por uma desintrusão para destinar a terra para vivência exclusiva do povo indígena Parakanã (Foto: Polícia Federal)

Uma nova operação para retirada de animais que ainda estavam sendo criados na Extensão Apyterewa, em São Félix do Xingu, no Sul do Pará. Na ação deste domingo (22) — realizada pela Polícia Federal, Ibama, Funai, Força Nacional e Adepará — foram retirados 27 bois, 40 vacas, e 26 bezerros e 42 equídeos. Esta foi a terceira retirada de criações na área que passou por uma desintrusão iniciada em 2023, por ordem do Supremo Tribunal Federal.

“Durante a ação neste domingo, a segunda em menos de uma semana, houve tentativa de impedir a retirada dos animais, com destruição de uma ponte de madeira que dá acesso à terra indígena. Os pranchões da ponte foram serrados na noite anterior à retirada do gado. O fato atrasou a ação, mas não a impediu. Servidores dos órgãos envolvidos conseguiram realizar o conserto da ponte, que possibilitou a passagem dos caminhões carregados com os animais”, diz nota da PF sobre o caso.

Na primeira ação de retirado do gado, em julho deste ano, duas pontes de madeira também haviam sido danificadas, lembra a PF. Há, segundo a polícia, investigações em andamento para identificar os responsáveis por essas ações com intuito de “sabotar” as operações. Essas ações se somam a investigações de incêndios criminosos na área da Apyterewa. Há também pessoas suspeitas de furtar os animais apreendidos nas operações.

Nas ações de prevenção de retorno de antigos moradores, expulsos da Apyterewa, há investigações sobre sabotagens e incêndios (Foto: Polícia Federal)

“Tais incêndios criminosos contribuem com a crise climática pela qual passa o Brasil, o que demanda a intensificação dos esforços das equipes do Prev-Fogo – Ibama, que têm atuado diretamente nas ações de combate ao fogo, contando com o apoio logístico e operacional da FUNAI e apoio de segurança da Força Nacional de Segurança Pública”, segue a PF, por nota.

A Extensão Apyterewa foi alvo de uma operação de desintrusão, determinada pelo ministro presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Toda o território foi destinado à vivência dos indígenas do povo Parakanã, sob contestação de associações de produtores e moradores da área.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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