Começou na sexta-feira (26) o processo de retirada dos escombros da terceira ponte da Alça Viária que caiu sobre o rio Moju, no Pará. Além dos restos da estrutura da ponte também está sendo removida a balsa que se chocou contra o local e causou o desabamento. A previsão do Governo do Estado é que as obras de reconstrução do novo pilar comecem na próxima segunda-feira (29).
No local estão duas balsas com rebocadores e guindastes. Uma delas é adaptada para o içamento. Por hora, os destroços estão sendo apenas removidos para outra área do rio para que seja liberado o canal e possam começar as obras de reconstrução da estrutura.
“Nossas equipes estão trabalhando dia e noite, à disposição para finalizar o trabalho. Aí, então, faremos o deslocamento das estruturas submersas para liberar a navegação na área”, informou o engenheiro responsável pelo serviço de içamento, Alfredo Cabral.
Passo a passo
De acordo com o Governo do Estado, o primeiro passo da operação é cravar as novas estacas do pilar central que será construído. Ele vai substituir os três pilares que foram destruídos durante a queda da ponte.
Como já foram realizadas a amarração e afastamento da estrutura destruída e, em breve, a embarcação naufragada será movimentada.
No local serão construídos dois vãos de 124 metros para a navegação, incluindo uma estrutura de proteção para esses pilares, conhecidas como dolfins de proteção. Eles devem impedir o choque direto de embarcações na nova estrutura.
A nova estrutura é baseada no uso de estais, ou seja, cabos de sustentação, que devem diminuir o número de pilares e aumentando a área navegável sob a via. Por causa do cabeamento, o número de pilares será reduzido e a distância entre eles será maior, o que deve minimizar novos acidentes envolvendo embarcações que passam pelo local.
Entenda
No dia 6 de abril um trecho da terceira ponte do Complexo da Alça Viária caiu após uma balsa se chocar contra um dos pilares de sustentação da estrutura. A embarcação não tinha autorização da Capitania dos Portos para navegar.
Desde então os portos de Belém e de cidades vizinhas passaram a ser a principal forma de circulação de pessoas e cargas.
A área onde ocorreu o acidente está interdita para navegação e nesta sexta-feira (26) começaram os trabalhos de remoção dos escombros da ponte e da balsa, o que deve permitir a liberação da passagem de barcos pelo local e diminuir os transtornos causados as comunidades ribeirinhas na área.
O Governo do Estado estima que a obra da nova ponte deve custar R$ 100 milhões e obteve na Justiça o embargo de R$ 118 milhões de seis empresas responsabilizadas pelo acidente.
Fonte: G1 Pará