Para eleitores que votam numa das seções da escola municipal Madre Teresa, em Ourilândia do Norte, no Sul do Pará, as Eleições 2024 começaram com 3 horas de atraso. Uma das urnas eletrônicas apresentou defeito e precisou ser substituída. A troca, no entanto, só foi concluída às 11h15. Para quem gosta de chegar cedo aos compromissos, a espera foi bem mais longa, pois algumas pessoas, querendo ficar no início da fila, já aguardavam desde as 7h para votar.
Foi o caso do senhor Raimundo Francisco Monteiro, de 77 anos. Pontual com a democracia, chegou às 7h na fila para votar na escola Madre Teresa. Mas quando a votação iniciou em todo o Brasil, às 8h, ele descobriu que iria precisar esperar mais devido ao defeito na urna. De modo informal, os mesários explicaram que uma outra urna foi trazida do distrito do Campinho e às 11h15 a votação iniciou. “Graças Deus tá resolvido e vamos cumprir o compromisso”, disse.
Acompanhe os boletins do TRE sobre falhas em urnas no Pará: atualizado às 16h
No último boletim do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, a corte informou que até as 16h, a Secretaria de Tecnologia da Informação “…contabilizou 52 registros de ocorrências nas urnas eletrônicas em todo o Estado. Desse total, 36 equipamentos precisaram ser substituídos nas seções eleitorais. Entre os 21 municípios paraenses que registraram algum problema nas urnas eletrônicas, Belém lidera a lista com 11 aparelhos com algum contratempo no funcionamento”.
O secretário de Tecnologia da Informação do TRE do Pará, Felipe Brito, explica que o motivo da capital apresentar o maior número de problemas está relacionado com a quantidade de urnas disponibilizadas neste colégio eleitoral. Ainda de acordo com Felipe Brito, o número de urnas com algum defeito não representa nem 0,2% do total de 22.742 urnas disponíveis nesta eleição.
“Em vários desses casos, necessitou apenas de uma orientação para o mesário e a votação continuou normalmente. E em 37 casos, houve a substituição da urna para uma urna de contingência sem qualquer prejuízo para a votação. Os problemas que ocasionam isso são os mais diversos. Como não há possibilidade de abrir a urna para realizar algum um tipo de manutenção, já que elas são lacradas, a orientação é fazer a substituição imediata e, por isso, o número de substituição acaba sendo bastante alto, mas nada próximo do percentual total de urnas”, esclarece Felipe Brito.
A previsão do TRE para esses casos gira em torno de 1,5% até 3%. “Essa é a janela de substituição que nós esperamos ter até o final da votação, inclusive, o número de urnas de contingência que são disponibilizadas gira em torno de 12%. Então, esse percentual registrado até agora está bem longe da reserva técnica que o Tribunal disponibilizou para reposição”, ressalta Felipe.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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