O Serviço Geológico do Brasil (SGB) está conduzindo o projeto “Geologia e Potencial Mineral do Domínio Santana do Araguaia”. Trata-se do mapeamento de novas fontes minerais, no município que fica na região Sul do Pará. Entre as potencialidades estão fontes de urânio e fosfato. Os estudos começaram em março de 2024, em cinco áreas da porção sul do chamado Cráton Amazônico.
“A região de Santana do Araguaia tem se destacado pelo seu potencial mineral, com indícios relevantes de estanho, cromo, chumbo, cobalto, ouro, além de urânio, fosfato e calcário. Parte dessa área é, inclusive, objeto de estudos detalhados pelo Projeto Urânio Brasil”, informa o SGB, que pode identificar novas fontes de minerais e encontrar novas oportunidades para a mineração.
Nos últimos anos, destaca o SGB, Santana do Araguaia tem se destacado no setor agropecuário, especialmente na produção de soja, milho e gado. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, aponta que o município foi o maior exportador de soja do Pará e teve uma produção significativa de milho, atingindo cerca de 463 mil toneladas.
“A geodiversidade da região permite o aproveitamento de diversas rochas como fontes alternativas para condicionadores de solo, auxiliando no alcance de padrões de fertilidade compatíveis com as necessidades regionais e promovendo o desenvolvimento econômico sustentável. Nesse contexto, destacam-se os agrominerais, como enxofre, fosfato, potássio e calcário dolomítico, além do potencial de uso de rejeitos de mineração como remineralizadores de solos”, diz o SGB.
Durante a pesquisa, será realizado o mapeamento geológico sistemático, com a aquisição e integração de novos dados geológicos, geoquímicos, geocronológicos, além de informações aerogeofísicas e de sensoriamento remoto. O estudo também incluirá a caracterização dos controles geológicos das ocorrências minerais na área. O objetivo é gerar dados mais atualizados e consistentes, a fim de incentivar programas exploratórios e a descoberta de novos depósitos minerais.
“A atualização e ampliação do conhecimento geológico e mineral da região são importantes para o planejamento e a implementação de políticas públicas voltadas para a gestão territorial, além de atrair investimentos no setor mineral e industrial. Esses esforços podem gerar empregos e renda para as comunidades locais e atender às demandas do setor agrícola”, explica o SGB, por nota.
O projeto é liderado pelo pesquisador Lívio Corrêa e conta com uma equipe da Gerência de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional de Belém, com a participação dos pesquisadores Aline Barros, Desaix Balieiro, João Marcelo Castro, dos técnicos Djalma Hartery, Paulo Sérgio Santos e Paulo Melo, além do auxiliar técnico Sebastião Benjamin, e da participação da pesquisadora Rita Cunha, da Superintendência Regional de Salvador.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do SGB)
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