O delegado Francisco Jesus Silva, que preside a investigação do latrocínio contra o dentista tucumaense Gustavo Oliveira, concedeu uma entrevista, na tarde desta quinta-feira (28), após finalizar a primeira etapa da operação “Mission Failed”. As ações continuam, por tempo indeterminado, até que todos os suspeitos do crime sejam capturados. Ele aproveitou para desmentir boatos, como sobre supostos mandantes do sequestro, roubo e assassinato.
As investigações, como explica o delegado, começaram ainda na noite do crime, já que o pai de Gustavo, o ex-vereador Goiaba, havia acionado a polícia por suspeitar que o filho havia sido vítima de bandidos. A casa dele estava aberta, revirada e com manchas de sangue. O vídeo da abordagem e momento que o bando invadiu o imóvel, que circulou as redes sociais, já ajudou na identificação de dois dos suspeitos. Foram roubados R$ 100 mil, joias e uma arma de fogo.
Até a noite desta quinta-feira, foram presos Daniel Almeida Caetano, Elialdo Dos Santos Machado e Maycon Silva e Silva no estado do Goiás. Em Paragominas, no Sudeste do Pará, foi preso Kauan Viana Lima. Em Tucumã, foi apreendido um adolescente de 16 anos. As investigações, conduzidas pela Delegacia de Tucumã e Superintendência Regional do Alto Xingu, sob a coordenação do delegado Rafhael Machado, apontam 7 envolvidos: 5 adultos e 2 menores.
Motivações do crime, imprevistos no plano e envolvimento da vítima com suspeitos
Pelas investigações, explica o delegado Jesus Silva, Gustavo teria se envolvido com praticamente todos os adultos suspeitos. E ainda segundo Polícia Civil, o jovem dentista costumava bancar encontros. Nas redes sociais, esbanjava um padrão de vida elevado e que chamava a atenção. Ele teria revelado a um dos suspeitos que iria fazer uma viagem. Foi esse fato que, possivelmente, levou o bando a desconfiar que ele teria dinheiro em espécie para roubar. Matá-lo não fazia parte do plano.
“Daniel, conhecido como ‘Boladão’ e investigado por roubo, pelas investigações, agia como uma espécie de líder do plano. Ele é que supostamente dava as ordens. A ideia era roubá-lo, amarrar e deixar em algum lugar afastado no caminho para Xinguara. De lá, eles iriam fugir para Goiás. Só que em algum momento, decidiram levar também o carro dele. Eles não contavam com a tentativa de fuga do Gustavo e foi aí que mataram ele. Temos a suspeita de quem deu as facadas, mas ainda não podemos dizer quem até a prisão de todos os envolvidos”, explicou o delegado Jesus Silva.
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Num intervalo da entrevista, o delegado fez questão de ressaltar o trabalho incansável da equipe da Delegacia de Tucumã, que trabalhou várias horas a mais e virou noites em diligências, investigações, interrogatórios, coletando depoimentos de testemunhas e pessoas próximas da vítima e dos suspeitos. E agradeceu ao apoio das equipes de Paragominas, Dom Eliseu, Ourilândia do Norte, da Superintendência Regional do Alto Xingu e da Polícia Civil de Goiás.
“Eu sou titular da Taboca, em São Félix do Xingu, mas o delegado superintendente regional, Rafhael Machado, me designou para esta investigação. Montamos uma força-tarefa muito dedicada e que conseguiu as provas e fundamentação de todos os pedidos de mandados de prisão e de busca e apreensão. Parabenizo cada policial envolvido nesta árdua investigação e que segue com a operação ‘Mission Failed’ até prendermos todos os suspeitos”, disse Jesus Silva.
Boatos e desinformação desmentidos na investigação
Na noite do crime, um dos suspeitos presos na operação “Mission Failed”, Elialdo Dos Santos Machado, chegou a ser conduzido à Delegacia de Tucumã pela Polícia Militar, pois estava com uma moto em situação irregular. Ele foi liberado, como explica o delegado, porque até aquele momento não se sabia exatamente o que havia acontecido. Ou mesmo que ele teria participação. O corpo de Gustavo só foi encontrado na manhã do dia seguinte, 23 de outubro.
Outros boatos desmentidos pelo delegado Jesus Silva incluem que uma empresária da região seria a suposta mandante do crime, motivada por ciúmes. Ele descartou totalmente a tese. Assim como a de um suposto engenheiro. “As motivações do crime, para nós, já estão elucidadas. No entanto, restam algumas diligências e alvos de prisões que precisamos para confirmar outros detalhes, que serão revelados na conclusão do inquérito”, concluiu.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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