Uma ação conjunta de agentes da Receita Federal e dos Correios resultou numa expressiva apreensão de drogas, na tarde desta segunda-feira (16), no Pará. Uma encomenda de 31 quilos de skunk (também conhecido como “supermaconha”) foi interceptada na Central de Tratamento de Ananindeua. O pacote saiu de Campo Grande (MS) com destino a Parauapebas, no Sudeste do estado.
Os agentes da Receita Federal informam que as drogas foram declaradas como peças automotivas, divididas em duas encomendas. O skunk estava porcionado em tabletes, cobertos por várias camadas de plástico filme, balões de festa e pó de café. Tudo para enganar a ação de cães farejadores. Só que os criminosos não contavam com toda a experiência da agente canina Isa, que conseguiu rastrear a supermaconha mesmo com todos os truques usados.
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A ação foi conduzida pela equipe K9 da Alfândega de Belém, Divisão de Vigilância e Repressão na Segunda Região (Direp02) e Correios. As drogas e a investigação agora ficam a cargo da Polícia Federal, que vai rastrear o remetente e o destinatário das drogas.
A diferença entre o skunk e a maconha comum está no potencial de entorpecimento. O skunk tem alta concentração de tetrahidrocanabiol (THC, o princípio ativo), que chega a 17%, quase 13 vezes maior que a da maconha comum ou “regional”. Cada 100 gramas de skunk custam cerca de R$ 1 mil, segundo estimativas da Divisão Estadual de Narcóticos do Pará (Denarc).
A produção também requer processos sofisticados, como plantação hidropônica e tratamento com hormônios em laboratório, justificando o preço elevado. Skunk significa “gambá”, em inglês. O apelido veio por causa do cheiro forte e muito característico da supermaconha.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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