Já está em liberdade o comandante da balsa que colidiu com um pilar da ponte do Rio Moju e que causou a queda de parte da estrutura no último dia 6. Ele conseguiu um Habeas Corpus nesta terça-feira (30). Elielson Lopes Barbosa estava preso desde o dia 11 por determinação da Justiça.
Em depoimento, ele alegou que a embarcação ficou à deriva, depois de apresentar problemas mecânicos e que foi arrastada pela correnteza até bater da ponte. O comandante também confirmou que a balsa não tinha autorização da Marinha do Brasil para navegar.
A Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) informou que recebeu o alvará de soltura nesta terça-feira (30) e que ele já não se encontra na Central de Triagem da Marambaia (CTM).
Na segunda-feira (29), o empresário Marco Antônio Tiecher, que é o dono da empresa responsável pela balsa e que teve a prisão decretada, também foi beneficiado por um Habbeas Corpus preventivo.
A Biopalma, empresa responsável pela carga transportada pela balsa que colidiu com a ponte, vai pagar mais de R$ 128 milhões ao Governo do Pará para encerrar processo pelos danos causados com a queda da terceira ponte de Alça Viária sobre o rio Moju. O acordo firmado entre as partes e divulgado na segunda-feira (29), foi homologado na última sexta-feira (26).
O acordo cobre os danos causados ao Estado, os terceiros que foram prejudicados com a queda da ponte, precisarão ajuizar suas ações de forma autônoma. A decisão também não impede o prosseguimento da ação do Estado contra os outros réus envolvidos na ação penal.
Com a celebração do pacto, a ação judicial movida pela PGE contra a empresa é extinta. A Biopalma paga o valor pelo prejuízo, mas não reconhece dolo ou culpa pelo acidente. A empresa informou em nota, que vendeu o resíduo na modalidade em que o comprador assume a responsabilidade pela retirada e transporte do subproduto. A Biopalma disse que através do acordo reforça o compromisso social da empresa com a economia e a sociedade paraense.
Fonte: G1 Pará