Valmir Baldini, principal suspeito de encomendar o assassinato do político e pecuarista Júnior Paragados, de Tucumã, está preso. Havia um mandado de prisão preventiva contra ele, que se apresentou à Delegacia de Polícia Civil do município, acompanhado de um advogado. O crime, que teve duas tentativas — e acabou resultado na morte do genro do alvo, Marcos Bozi —, foi confessado. Os demais envolvidos já foram capturados.
As investigações das equipes da Superintendência Regional do Alto Xingu e da Delegacia de Tucumã, mostram que Valmir Baldini era sócio de Júnior Paragados — candidato a prefeito de Tucumã nas Eleições 2024 — na venda de bovinos. Supostamente, Valmir teria desviado valores de uma negociação e não pretendia pagar a dívida. A solução encontrada foi executar o ex-sócio. O primeiro atentado ocorreu no dia 7 de janeiro de 2023.
Na primeira tentativa, Júnior Paragados não estava no carro que foi crivado de tiros. Estavam Marcos Bozi — que foi jogador de futebol e era funcionário da Vale — e a namorada, que é filha do pecuarista. Ela sobreviveu. O segundo atentado ocorreu no dia 1º de março, menos de dois meses após o ataque inicial, mas frustrado porque o alvo estava acompanhado de seguranças e houve troca de tiros. Desde então, foram deflagradas duas operações para capturar os suspeitos: “Sicário Anônimo” e “Segundo Erro”.
Todos os envolvidos foram identificados após minuciosas investigações e estão presos. Os primeiros suspeitos presos, na operação “Sicário Anônimo”, foram Walison Sousa Silva (suspeito de dar os tiros que vitimaram Bozi), que foi preso em Imperatriz (MA); Edwin Paredas Palácios, apontado como contratante do pistoleiro; e Raimundo Cota Dias, identificado como condutor da moto usada para a execução do crime.
Já na operação “Segundo Erro”, foram presos João Vitor Vieira Silva, suspeito de ser o atirador do segundo atentado; Leandro Fernandes de Oliveira, que teria sido o piloto da moto usada para dar fuga a João; e Fausto Rodrigues de Souza, que é identificado nas investigações da Polícia Civil como apoio e informante.
Desde o segundo atentado, Baldini havia ido para a Bolívia e já vinha sendo monitorado pela Polícia Civil do Pará, com apoio da Interpol. Estava morando lá e até cursando Medicina. Mas ao saber que poderia ser preso, preferiu se entregar e confessar o crime em Tucumã, no Sul do Pará, nesta quinta-feira (26). Ele está à disposição do Poder Judiciário, assim como todos os demais envolvidos.
O Fato Regional respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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