Mark Zuckerberg, CEO da Meta — dona do Facebook, do Instagram, do WhatsApp e do Threads —, anunciou que as redes sociais da empresa irão deixar de fazer checagem de fatos e impedimento da publicação de conteúdos ofensivos para gênero, imigrantes e outros grupos sociais. A mudança, diz o empresário, é uma resposta a uma suposta “censura” que os usuários estariam sofrendo. Ele ainda fez ataques velados à legislação de países europeus e da América Latina.
Inicialmente, essas mudanças vão ocorrer no Estados Unidos, mas devem chegar a todo o mundo em breve. O CEO da Meta comunicou que vai se aliar ao presidente estadunidense eleito, Donald Trump, para pressionar países que têm buscado uma regulação das redes sociais. Ele ainda diz que há “ataques a empresas americanas” e uma tendência de “censura”.
No vídeo publicado, Zuckerberg argumentou que a Europa está “institucionalizando a censura”, que os países latino-americanos — onde está o Brasil — têm “tribunais secretos que podem ordenar que empresas retirem coisas discretamente” e que a China “censurou nossos aplicativos”. E a resposta que escolheu foi um “libera-geral”, transferindo a responsabilidade de checar fatos aos próprios usuários com o mesmo sistema do X / Twitter, as “notas da comunidade”.
Assista ao pronunciamento legendado:
Veja quais serão as mudanças que serão implementadas no Facebook e Instagram:
- fim do programa de checagem de fatos, que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes com equipes independentes em 115 países;
- fim de restrições para assuntos como migração e gênero;
- retorno de “conteúdo cívico”, ou seja, publicações com cunho político-ideológico
- inclusão do sistema “notas da comunidade”, na qual os usuários é que checam fatos e dizem se algo é ou não falso;
- transferência da equipe de moderação de conteúdo da Califórnia, um estado mais progressista, para o Texas, que é mais conservador e com leis mais brandas para liberdade de expressão absoluta;
“Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por notas da comunidade semelhantes a [plataforma] X, começando nos EUA (…) O que começou como um movimento para ser mais inclusivo, tem sido cada vez mais usado para calar opiniões e excluir pessoas com ideias diferentes, e isso foi longe demais. (…) O conteúdo sobre política estava deixando as pessoas estressadas, então paramos de recomendar essas postagens. Mas parece que estamos em uma nova era agora e estamos começando a receber feedback de que as pessoas querem ver esse conteúdo novamente”, disse Zuckerberg.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
LEIA MAIS, NO FATO REGIONAL:
- Em 2024, Pará recebeu 47,4% mais turistas internacionais e pode ter novo aumento devido à COP30
- Ministério da Saúde monitora surto viral de HMPV na China e pede calma à população
- Matrícula de novos alunos na rede estadual encerra no sábado (11); aulas iniciam em 27 de janeiro
- Com realização da prefeitura, churrasco e show de Thiago Jhonathan encerram Folia de Reis 2025 em Tucumã
- Ministério das Comunicações lança edital para rádios educativas em Ourilândia e mais 10 municípios do Pará
- Pará teve mais de 33 mil tentativas de fraude em outubro de 2024; bancos e cartões são principais alvos
- Com menos de 38% da meta, vacinação contra gripe no Pará segue até 31 de janeiro
Siga o Fato Regional no Facebook, no Instagram e no nosso canal no WhatsApp!