sábado, 18 de janeiro de 2025

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Parauapebas já teve 3 tremores de terra em 2025; Sul e Sudeste do Pará tiveram 9 ocorrências em 2024

Os dados são do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e mostram que há atividade sísmica no Pará, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, que é onde se concentram os tremores que vêm sendo registrados desde o início de janeiro do ano passado até esta primeira quinzena de 2025
A cidade de Parauapebas, no Sudeste do Pará, onde o Centro de Sismologia da USP tem detectado atividade sísmica com alguma frequência, mas nenhuma fora do normal (Foto: Marcelo Lélis / Agência Pará / Arquivo)

O ano de 2025 começou com o registro de 3 tremores de terra em Parauapebas, no Sudeste do estado. O último ocorreu no dia 9, com magnitude 2.8 MLv, mas ainda houve ocorrências no dia 5 (3.1 mR) e 4 (2.8 mR) de janeiro. Os dados são do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), que também registrou um total de 9 tremores nas regiões Sul e Sudeste do Pará no ano passado.

Em 2024, foram registrados 6 tremores em Canaã dos Carajás (com magnitudes indo de 1.5 a 3.6), um Floresta do Araguaia (2.6 mR), um em Bannach (2.6 mR) e um em Parauapebas (3.3 mR). Desses, somente o de 3.6 mR de Canaã dos Carajás, no dia 27 de dezembro, foi considerado um pouco mais preocupante, já que só a partir de 3.5 um sismo pode ser sentido por humanos e tem potencial de causar danos menos severos.

A Sismologia utiliza duas mensurações da força de um tremor: a MLv (local e com profundidade até 50 metros) e a mR (regional, com raio de 200 a 1.500 quilômetros). A escala Richter, nome mais conhecido pela população em geral sobre a força de um terremoto, de 3.5 a 5.4, o sismo é considerado menor. Entre 5.5 e 6.0 já pode provocar danos menores em edifícios bem construídos e graves em construções de baixa resistência a vibrações.

Um terremoto atingindo entre 6.1 e 6.9 na escala Richter, pode provocar devastações numa raio de 100 km a partir do epicentro. Entre 7.0 e 7.9, a intensidade dos danos e área afetada aumentam. Sismos acima de 8.0 podem provocar grandes danos em regiões localizadas a centenas de quilómetros em torno do epicentro. Tremores de 9.0 ou mais são excepcionais. O mais intenso já registrado atingiu 9.5, em 22 de maio de 1960, no Chile, provocando mortes e devastação.

Por enquanto, a população das regiões Sul e Sudeste do Pará não deve ficar alarmada, já que os tremores nessas regiões são considerados normais e não entram em nenhum nível de alto risco. Já especialistas seguem monitorando a atividade sísmica dessas regiões e emitindo boletins e alertas, que devem ser levados em consideração pelas prefeituras e Governo do Estado para planejamento.

(Arte: Luã Couto / Fato Regional)
(Arte: Luã Couto / Fato Regional)

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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