A Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep) promoveu, em Belém, o seminário “Novos Gestores 2025-2028”. O evento reuniu diversos prefeitos para debater sobre novas legislações, tecnologias e sustentabilidade da administração pública. O presidente da entidade, Nélio Aguiar, defendeu que as prefeituras precisam de inovações tecnológicas na busca por mais eficiência e transparência.
Para Nélio, o Pará ainda está atrasado em relação a inovações tecnológicas em gestão pública, enquanto outros estados já dispõem de novas ferramentas. Ele explicou que a Famep promoveu o seminário para apresentar novidades, colocar os prefeitos em contato com entidades que podem auxiliar nas administrações municipais e estimular a integração dos gestores ao movimento municipalista.
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“Precisamos de mais inovação e levar tecnologia para a gestão pública. Não é só para empresas do setor privado. A gestão precisa de instrumentos e ferramentas para dar mais transparência, gastos com mais eficiência, monitoramento de indicadores, controle e tudo isso visando a qualidade de vida da população e a prestação de serviços à nossa população”, comentou Nélio.
O presidente da Famep destacou o momento político do Pará como favorável, pois tem o governador Helder Barbalho (MDB) que já foi prefeito e conhece o movimento municipalista. E tem duas fortes representações do estado em ministérios do Governo Federal: Jader Filho e Celso Sabino. Também destacou a importância de entidades como a Confederação Nacional de Municípios (CNM), sob o comando de Paulo Ziulkoski. Por fim, reforçou a importância de instituições como a Caixa e o Sebrae para amparar projetos.
“Não governamos sozinhos. Quanto mais parcerias, melhores os resultados. No entanto, precisamos de autonomia, pois mesmo com parceiros, só mesmo os prefeitos sabem defender os interesses dos municípios. Estamos num Brasil dividido em esquerda e direita, mas o movimento municipalista nos une, une o Pará. Cada partido tem seus interesses e suas lutas, mas depois da eleição, a realidade dos municípios é outra coisa. Na campanha dizemos que vamos acabar com filas na saúde pública, levar saneamento e então chega janeiro e não tem dinheiro para isso e nem ferramentas”, analisou o presidente da Famep.
No discurso, Nélio, que já foi prefeito de Santarém, disse que o pacto federativo precisa ser repensado em prol da autonomia e desenvolvimento dos municípios, já que, atualmente, a cada R$ 100 arrecadados, somente cerca de 18% fica para as prefeituras. “Por isso, precisamos nos unir. Busquem a Famep, busquem a CNM. Os prefeitos é que têm o poder de decisão do que farão. Nós daremos experiências, orientação e representação no que for preciso. Quem ganha com gestão de sucesso, são os cidadãos”, concluiu.
No evento, a Famep assinou termos de cooperação e protocolos de intenções junto ao Sebrae e à Caixa, para aumentar o leque de serviços e parcerias para os prefeitos associados.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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