Com anistia em debate, empresário de Xinguara que armou bomba em Brasília vai para o regime aberto

George Washington, condenado a 9 anos e 8 meses de prisão por planejar um atentado a bomba no aeroporto de Brasília, na véspera de Natal de 2022, faz mais uma progressão de regime por bom comportamento, mas segue com uma série de compromissos para manter o benefício.
O empresário paraense George Washington tentou acionar uma bomba para explodir um caminhão de combustível perto do aeroporto Juscelino Kubitschek, junto a outras duas pessoas, e foi preso (Foto: PCDF / Divulgação)

Após cumprir quase um terço da pena de 9 anos e 8 meses de prisão, George Washington de Oliveira Sousa, empresário de Xinguara que foi preso por uma tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, vai para o regime aberto. É a mais branda restrição de liberdade, mas ainda conta com uma série de compromissos a serem cumpridos. Os comparsas — Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo — seguem presos em outros regimes.

George, como provaram as investigações que levaram à condenação dele, era um dos mentores do quase atentado terrorista. Um explosivo foi armado junto a um caminhão de combustível e poderia ter provocado estragos inimagináveis. Porém, por um erro técnico, o dispositivo falhou. O crime ocorreu na véspera de Natal de 2022. O objetivo era criar uma situação de caos, para instigar que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decretasse intervenção militar e estado de sítio no país, impedindo a posse de Lula (PT) como presidente.

Para o juiz Bruno Aielo Macacari, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o empresário de Xinguara atende aos requisitos para progredir para o regime aberto, incluindo bom comportamento, dentro do prazo de 180 dias, a contar do dia 7 de janeiro de 2025. A medida também serve para reduzir a superlotação do Centro de Internamento e Reeducação (CIR).

Além dos planos para o atentado com explosivos, no apartamento onde George estava hospedado, a Polícia Civil do Distrito Federal encontrou um arsenal de armas e mais explosivos. Tudo foi apreendido e periciado. Ele foi preso horas após o crime, em um dia de caos em Brasília que foi sucedido pela destruição das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023. George foi um dos investigados na chamada “CPI do Golpe”.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do Metrópoles)


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