O cacau de Tucumã, no Sul do Pará, chega ao fim da primeira quinzena de abril em alta, sendo o fruto mais valorizado do país e superando todas as cotações nacional. Os preços em todo o Brasil começaram a se recuperar após uma forte desvalorização às vésperas da Páscoa. A cotação pela Cooperativa Mista Agropecuária de Tucumã (Coopertuc), nesta terça-feira (15), fechou em R$ 58 por quilo.
No Pará, a cotação do cacau para os primeiros 15 dias de abril ficou em R$ 52/kg. Na Bahia, a arroba do fruto ficou em R$ 810 (15 kg). A saca no Espírito Santo foi cotada em R$ 3.240,00 (60 kg). Com participação em competições de qualidade, o cacau paraense ainda pode ter uma forte valorização ao longo deste ano e novas valorizações podem ocorrer, como esperam produtores e o Governo do Pará.
Especialistas apontam que o cacau segue em alta em todo o mundo, pois há defasagem entre a demanda e a oferta, o que deve seguir fortalecendo a cultura do cacau no Brasil até 2029. É um cenário que resulta em preços mais valorizados, animando produtores do Pará, estado que responde por mais de 51% da produção nacional e tem as polpas e amêndoas consideradas de alta qualidade.
Estudos da Sedap e Ceplac mostram que a produção de cacau do Pará aumentou a produção em 3,8%, entre 2023 e 2024. A área plantada no estado também aumentou em 5,1%. Os 12 maiores municípios produtores são: Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Vitória do Xingu, Anapu, Placas, Rurópolis, Aveiro (Fordlândia), Tucumã e Tomé-Açu. Há expectativa de uma safra recorde neste ano de 2025.
(Da Redação do Fato Regional)
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