Um homem foi preso acusado pelo crime de violência doméstica e familiar contra a mulher, em Xinguara, sul do Pará. Desta vez, a vítima sofreu perseguição dele na casa onde ela mora.
Segundo relato da mulher à PM, o acusado não aceitou o término do relacionamento e passou a persegui-la no ambiente de trabalho, de lazer e até na residência, infringindo inclusive uma medida protetiva garantida pela Justiça para que o agressor não se aproximasse mais dela.
Ele foi preso por policiais do 84º Pelotão do 17º Batalhão durante a Operação “Saturação” determinada pelo coronel Marcus Formigosa, que está à frente do Comando de Policiamento Regional XIII (CPR XIII).
Segundo a PM, nesta quinta-feira (25), em torno das 00h20, uma guarnição foi acionada pelo Núcleo Integrado de Operações (Niop) informando que uma mulher, no bairro Parque da Liberdade, sofria perseguição pelo ex-companheiro.
Ainda de acordo com o relato da vítima ao Niop, naquele momento, ele conseguiu entrar na casa dela, após pular o muro da residência. Enquanto ela estava ao telefone com o Niop, ele já teria quebrado a câmera dos fundos da casa, estava empurrando e batendo forte na porta, no intuito de arrombar e entrar na moradia. O acusado estava em um carro Renault Duster, cor branca.
Diante das informações, a guarnição deslocou-se até o local. Ao se aproximar do endereço, o veículo descrito estava saindo da frente da casa da vítima.
A PM deu voz de parada para abordá-lo, porém não foi atendida. O motorista empreendeu fuga em alta velocidade pelas ruas do centro e outros bairros da cidade, passando pelo bairro Remor, Centro, Maringá e Parque da Liberdade.
Não havendo outra alternativa, já em local deserto e seguro, foram efetuados dois disparos de arma de fogo no pneu do veículo, impedindo a alta velocidade e cessando a fuga.
No momento da abordagem, ainda segundo a PM, o suspeito mostrava-se alterado e agressivo.
Além de apresentar sintomas de ter ingerido bebida alcoólica: olhos avermelhados, forte odor etílico e dificuldade de permanecer em pé. Na busca veicular, a PM observou que havia bebida alcoólica derramada dentro do veículo.
A PM disse, ainda, que foi necessária a utilização de algemas nos embriagados, para evitar o risco de fuga e pela preservação da integridade física dos agentes de segurança pública, nos termos da Súmula Vinculante n°. 11 do Supremo Tribunal Federal (STF).
A vítima informou à PM que o homem não aceitou o término do relacionamento e passou a persegui-la em ambiente de trabalho, de lazer e até na residência.
E que ela já foi agredida pelo ex e possuía uma medida protetiva contra ele emitida pela Justiça. A vítima mostrava-se nervosa no momento da ocorrência e informou à guarnição que temia pela sua vida.
Diante de tudo isso, a PM apresentou o acusado e o veículo dele na Delegacia de Polícia Civil de Xinguara para os procedimentos legais cabíveis.
Violência contra a mulher é crime
Para ajudar no combate a esse tipo de crime, em 2021, a Lei Maria da Penha recebeu reforço com a sanção da Lei nº 14.188/2021, que cria o programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica e Familiar e inclui no Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 1940).
Denúncias
Para denúncias ou orientações sobre a violência contra a mulher de qualquer tipo, ligue 180. Para casos de emergência, entre em contato com a Polícia Militar, pelo 190.
O Fato Regional só trabalha com informações oficiais — repassadas por policiais e autoridades públicas ou que constem em boletins e registros oficiais de ocorrência —, respeitando o princípio da presunção de inocência.
O espaço para a defesa dos citados em casos policiais, se os advogados ou envolvidos acharem conveniente manifestar-se, sempre será garantido, com amplo direito ao contraditório.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Ascom da PMPA).
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