Desemprego recua a 5,8% e atinge menor nível da série histórica, aponta IBGE

Além da queda no desemprego, o levantamento revelou avanços históricos no mercado de trabalho.
Foto: Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor patamar desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.

Os dados, divulgados na última quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma retração de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7,0%) e de 1,1 ponto frente ao mesmo período de 2024 (6,9%).

Além da queda no desemprego, o levantamento revelou avanços históricos no mercado de trabalho: a participação na força de trabalho alcançou 62,4%; o nível de ocupação ficou em 58,8%, igualando o recorde anterior registrado entre setembro e novembro de 2024; e o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões, o maior já registrado.

Menos desalentados e subutilizados

A quantidade de desalentados — pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego — caiu 13,7% em relação ao trimestre anterior e 14% na comparação anual.

Já a taxa de subutilização, que considera desempregados, subocupados e pessoas disponíveis que não estão buscando colocação, recuou para 14,4%. Isso representa uma queda de 1,5 ponto em relação ao trimestre anterior e de 2 pontos na comparação anual.

Mais pessoas trabalhando

O número de desocupados caiu para 6,3 milhões, cerca de 1,3 milhão a menos do que no trimestre anterior (queda de 17,4%) e 1,1 milhão a menos do que no mesmo período de 2024 (redução de 15,4%).

Já a população ocupada alcançou 102,3 milhões de pessoas, com crescimento de 1,8% frente ao trimestre anterior e de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) na comparação anual.

Informalidade em queda

A taxa de informalidade ficou em 37,8%, a segunda menor já registrada pelo IBGE. O número de trabalhadores informais é estimado em 38,7 milhões. Mesmo com aumentos no total de empregados sem carteira (13,5 milhões) e de autônomos com CNPJ, a proporção de informais caiu tanto em relação ao trimestre anterior quanto na comparação com 2024.

Setores que mais cresceram

Entre os setores econômicos, apenas administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registrou crescimento no trimestre.

O destaque foi a área de educação, que impulsionou o aumento no número de empregados no setor público, que chegou a 12,8 milhões de pessoas — recorde da série histórica, com alta de 5% no trimestre e 3,4% no ano.

Na comparação com o segundo trimestre de 2024, outros setores também registraram crescimento: indústria geral: +4,9% (mais 615 mil pessoas); comércio e reparação de veículos: +3,0% (mais 561 mil); transporte, armazenagem e correio: +5,9% (mais 331 mil); informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: +3,8% (mais 483 mil); e administração pública e serviços sociais: +3,7% (mais 680 mil).

Renda também bate recorde

O rendimento médio real habitual do trabalhador chegou a R$ 3.477, o maior já registrado pela PNAD Contínua Mensal, com aumento de 1,1% frente ao trimestre anterior.

O IBGE também atualizou as séries históricas da pesquisa com base nas novas projeções populacionais, que incorporam os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgado em 2024.


(Da Redação do Fato Regional, com informações da Secom/Governo Federal).

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