A Polícia Civil do Pará e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA) se manifestaram oficialmente sobre a operação policial que apura a atuação de uma organização criminosa responsável pelo chamado golpe do falso advogado, esquema que já fez vítimas em vários estados brasileiros.
Em nota, na tarde desta quinta-feira (21), a Polícia Civil do Pará informou que os casos são investigados pela Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC).
A corporação ressaltou que a prática pode configurar estelionato e orientou advogados a repassarem imediatamente às autoridades todas as informações recebidas de clientes sobre contatos suspeitos, como forma de auxiliar nas apurações.
Já a OAB-PA destacou que está acompanhando de perto as investigações e que mantém diálogo constante com a Polícia Civil.
A entidade informou que, de março até meados de julho, foram registradas cerca de 100 denúncias no Pará relacionadas ao golpe. Até o momento, não houve prisões no estado.
A Ordem acrescentou, ainda, que encaminhou relatórios para subsidiar a atuação da Polícia Civil e reforçou seu compromisso de contribuir para que as investigações tenham a devida celeridade, por meio da atuação da Delegacia de Crimes Cibernéticos.
O caso em âmbito nacional
A operação que apura o golpe teve início em Joinville (SC) e já resultou em 11 prisões em sete estados — São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e Pará.
No entanto, no território paraense, as autoridades confirmam apenas o recebimento de denúncias, sem prisões efetuadas até agora.
O esquema criminoso consistia em utilizar identidades falsas de advogados e dados de processos judiciais para enganar vítimas.
Com acesso a informações pessoais, os golpistas entravam em contato se passando por profissionais da advocacia, solicitando depósitos para supostas custas processuais ou liberação de valores judiciais.
As autoridades reforçam que clientes e advogados devem estar atentos a contatos suspeitos, especialmente quando envolvem pedidos de depósitos via PIX, ligações de números desconhecidos ou mensagens não oficiais.
(CLEIDE MAGALHÃES, da Redação do Fato Regional, com informações também da Agência Brasil).
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