A Associação de Produtores e Beneficiadores Agroextrativistas de Beruri (Assoab) inaugurou uma agroindústria no município de Beruri, no Amazonas, que permitirá o processamento de óleo e derivados da castanha-da-amazônia.
A estrutura deve começar a operar a partir da próxima safra, no primeiro trimestre de 2026, com capacidade para beneficiar até 100 toneladas de matéria-prima por ano.
A iniciativa é resultado de uma parceria com a empresa Natura e representa a 21ª agroindústria comunitária apoiada pela companhia na região.
Segundo a associação, a expectativa é de que a renda de mais de 190 famílias de agricultores, extrativistas e indígenas aumente em até 60%.
A presidente da Assoab, Sandra Amud, destacou que a unidade marca uma nova fase para o trabalho da entidade, que desde 2006 atua na cadeia produtiva da castanha.
“Mais da metade das famílias associadas estão em quatro Terras Indígenas localizadas em Beruri, Lábrea e Tapauá. Este passo amplia a autonomia econômica e fortalece a organização comunitária”, disse.
Além da castanha, a nova estrutura abre possibilidade de diversificação produtiva com espécies como murumuru, cupuaçu e tucumã, o que deve gerar novas oportunidades de renda.
O projeto também prevê práticas sustentáveis, como aproveitamento de resíduos da casca da castanha para alimentar a caldeira, captação de água da chuva e uso de energia solar.
A experiência da Assoab tem sido apontada como exemplo de modelo comunitário que alia conservação ambiental e geração de renda.
Criada em 1994 por agricultores familiares, a associação reúne atualmente 65 pessoas no beneficiamento direto da castanha e envolve mais de 730 moradores da região.
Liderada principalmente por mulheres, a organização consolidou uma alternativa econômica ao antigo modelo de dependência de atravessadores.
(Da Redação do Fato Regional, com informações da Assessoria de Imprensa da empresa).
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