O advogado Diogo Franco, que também participou do ato pacífico em memória de dois anos da expulsão dos produtores rurais da Extensão Apyterewa, ocorrido nesta quinta-feira (2), afirmou que a retirada de 2.500 famílias da área, em São Félix do Xingu, no sul do Pará, foi injusta.

“Elas foram retiradas, expurgadas de lá injustamente, sem nenhum direito. Não obstante, terem os direitos reconhecidos pela justiça. Lá, a Funai disse que a demarcação foi fruto de uma fraude, os caciques já disseram que lá não é área indígena”.
“Mesmo assim, este atual governo insistiu em demolir sumariamente sem fazer qualquer espécie de avaliação em 2.500 moradias e 2.500 famílias absolutamente desassistidas, sem nenhum direito, como se fossem animais, monstros. Nem animal eles tratam desse jeito”, compelta o advogado do movimento.

Ainda segundo Franco, o ato vale para demonstrar que os moradores estão vivos, que o movimento e a luta estão vivos.
“Estamos ainda firmes na causa e vamos reparar essa grande injustiça, maior calamidade pública, crise humanitária feita no estado do Pará. Então, queremos demonstrar para a sociedade essa manifestação pacífica que estamos vivos, com esperança e vamos reverter essa enorme injustiça feita com trabalhadores e trabalhadoras.”
O ato ocorreu às margens da PA-279, no Caiteté, em Ourilândia do Norte, sul do Pará. A manifestação foi pacífica, com faixas e entrega de panfletos às pessoas que transitavam pela rodovia estadual.
A operação iniciou em outubro de 2023 e foi concluída em 2024. Ela retirou da Extensão Apyterewa cerca de 2.500 mil famílias de uma área de aproximadamente 780 mil hectares.

CLEIDE MAGALHÃES, com informações de WESLEY COSTA, da Redação do Fato Regional).
Siga o Fato Regional no Facebook, no Instagram e no nosso canal no WhatsApp!