A Amazônia passa a ser palco de um projeto inédito que leva a digitalização e a automação para comunidades rurais da região. A iniciativa “Moiru”, que em tupi significa “ajuda mútua”, nasce da parceria entre a Natura e a Siemens, com o objetivo de modernizar processos produtivos em agroindústrias comunitárias, promovendo eficiência, sustentabilidade e aumento de renda.
Por meio da iniciativa Tech4Amazonia, a Siemens é responsável pela aplicação de tecnologias de automação, simulação e inteligência de dados, enquanto a Natura contribui com sua experiência científica em sociobiodiversidade e com o relacionamento de mais de 25 anos com comunidades extrativistas da floresta.
A primeira implantação ocorreu na Cooperativa de Campo Limpo, em Santo Antônio do Tauá (PA), onde foi desenvolvido um gêmeo digital da dorna de extração de óleos essenciais.
O sistema utiliza simulações computacionais e sensores inteligentes para monitorar e controlar remotamente o processo, além de coletar dados em tempo real — o que permite otimizar o uso de energia e água e reduzir o impacto ambiental.
“Estamos às vésperas da COP30 e seguimos focados em desenvolver e compartilhar boas práticas que promovam o desenvolvimento local sustentável. É o caso dessa parceria, que alia tecnologia a impacto socioeconômico. Com a implementação das novas ferramentas, temos uma extração de óleo essencial mais eficiente e com maior rentabilidade para a comunidade. E essa iniciativa é um viabilizador para outros ganhos em novos desenvolvimentos que poderão ser realizados com o aparato criado”, afirma Romulo Zamberlan, diretor de Pesquisa Avançada na Natura.
Segundo José Borges Frias, Head de Inovação da Siemens Brasil, o projeto demonstra como a tecnologia pode ser uma aliada do desenvolvimento sustentável, ao unir inovação digital e impacto social. A empresa destaca que o “Moiru” é um exemplo claro de como a automação e a inteligência de dados podem impulsionar a bioeconomia amazônica.
A digitalização da produção já apresenta resultados concretos: houve redução significativa no consumo de recursos, melhoria na produtividade e aumento estimado de 60% na receita anual da comunidade, além da geração de 25% mais empregos.
O “Moiru” também representa um passo estratégico para o Centro de Inovação da Natura em Benevides (PA), que pretende expandir as soluções digitais para outras cadeias produtivas da região. O modelo, considerado replicável para diversas agroindústrias amazônicas, reforça o papel da tecnologia como ferramenta essencial para o fortalecimento da bioeconomia e da sociobiodiversidade na Amazônia.
(Da Redação do Fato Regional, com informações da Assessoria de Imprensa da Natura).
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