No segundo e último dia da Cúpula dos Líderes, realizada em Belém, o governador Helder Barbalho cumpriu uma intensa agenda com chefes de Estado, prefeitos de grandes cidades do mundo e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reafirmando o protagonismo do Pará e da Amazônia na construção de uma agenda climática global mais justa e efetiva.
Realizada ao longo de dois dias, a Cúpula antecipou o debate político da COP30, que ocorrerá em Belém a partir da próxima segunda-feira (10) até 21 de novembro, reunindo delegações de diversos países e consolidando o Estado como referência nas discussões sobre clima, florestas e desenvolvimento sustentável.
Durante o evento, o Pará se apresentou como vitrine de soluções climáticas, com Helder Barbalho destacando que o Estado chega à COP30 com uma política ambiental estruturada, baseada em instrumentos concretos, como o Plano Amazônia Agora, o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, o Sistema Jurisdicional de REDD+ e a Lei de Responsabilidade Ambiental. Essas políticas posicionam o Estado como laboratório de uma economia de baixo carbono, que alia preservação da floresta em pé, bioeconomia, rastreabilidade da produção e inclusão social.
Logo no início da programação do último dia, Helder Barbalho participou da tradicional “foto de família” da Cúpula, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros líderes globais, simbolizando a convergência de esforços em defesa da Amazônia e da estabilidade climática do planeta.
Amazônia no centro das decisões globais
Um dos momentos mais relevantes da agenda foi a reunião bilateral entre Helder Barbalho e António Guterres, realizada em Belém. O governador tratou sobre o início da COP30, o papel estratégico da Amazônia na estabilidade climática do planeta e as formas concretas pelas quais o Pará pode contribuir com a agenda mundial.
Helder propôs a criação de um órgão das Nações Unidas voltado exclusivamente à Amazônia, com sede em Belém — ideia inspirada na ONU África, que atua de forma regionalizada em temas específicos do continente africano.
Pará como modelo de implementação
Durante o encontro, o governador apresentou os avanços do Estado em planejamento climático, rastreabilidade produtiva e base legal sólida, que permitem transformar compromissos em ações permanentes e mensuráveis. Helder Barbalho reforçou que o Pará está preparado para que a COP30 seja uma COP de implementação, capaz de gerar resultados efetivos para as populações amazônidas e para o planeta.
Ao detalhar instrumentos como o Plano Amazônia Agora, o Sistema Jurisdicional de REDD+ e o PlanBio, o governador destacou que o Pará reúne condições técnicas e institucionais para servir de modelo a outras regiões tropicais, consolidando-se como referência em desenvolvimento sustentável com inclusão social.
Aliança global pela floresta
Helder Barbalho também se reuniu com prefeitos da rede C40 e com Haoliang Xu, secretário-geral adjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Nessas audiências, defendeu a integração entre governos, organismos internacionais e iniciativa privada em uma estratégia conjunta para garantir justiça climática, proteção das florestas e geração de oportunidades para a população amazônica.
Encerrando a programação, o governador participou da Sessão Plenária da Cúpula do Clima, quando líderes consolidaram as principais mensagens políticas que serão levadas às negociações formais da COP30. O balanço final reforça o papel do Brasil — e do Pará — como articuladores de um pacto global pela floresta, com a expectativa de que Belém seja palco de uma COP de resultados concretos.
“Uma COP sob a liderança do Pará”
Ao avaliar o evento, Helder Barbalho ressaltou o protagonismo amazônico e o legado que a Cúpula dos Líderes deixa para a COP30.
“As deliberações feitas em Belém apontam o início das discussões e o caminhar ao longo da COP30. Queremos deixar um legado ambiental e garantir o engajamento global neste mutirão pela implementação”, afirmou o governador.
Ele reforçou que a COP será o momento de aprofundar o debate técnico e político iniciado na Cúpula.
“Será uma COP vitoriosa, com o pé da floresta, com a legitimidade de quem vive na Amazônia e sob a liderança do Brasil, do Pará e de Belém”, destacou.
Encerrando, Helder reafirmou o compromisso do Estado com a continuidade desse processo.
“Agora é continuar trabalhando, honrando a confiança e mobilizando, com muito orgulho, este momento histórico que Belém e o Pará estão vivendo.”
(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará).
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