Documentos oficiais do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) revelam detalhes de uma investigação que resultou na denúncia de três homens por suspeita de integrar uma associação criminosa voltada ao apoio logístico de garimpos ilegais na região de Redenção, no sul do Pará. Os acusados são o vereador Abjo Pereira dos Santos (DC), conhecido como JB Maninho, e mais dois, que respondem a processo na Vara Criminal de Redenção.
A investigação teve início com a apreensão do celular de um dos investigados, o que levou à elaboração da Informação da Polícia Judiciária. Nos autos, constam conversas realizadas por aplicativos de mensagens, em especial áudios trocados entre os envolvidos, datados de janeiro de 2021. Em um dos áudios, um dos investigados orienta sobre o deslocamento e reposicionamento de equipamentos em área de garimpo.
Outras conversas analisadas apontam pedidos de motoristas, transporte de óleo diesel e pagamentos via PIX. Em um dos relatos, um dos envolvidos teria enviado R$ 3 mil a outro acusado como parte da logística de abastecimento de maquinários usados em garimpos.
Segundo o MPF, Abjo Pereira dos Santos faria a intermediação entre os dois principais investigados, especialmente na aquisição e transporte de combustível. Depoimentos e registros detalham operações realizadas com caminhões, tamboramento de óleo e deslocamentos para áreas de difícil acesso.
Encaminhamento para a Justiça Estadual
Inicialmente, o caso foi proposto pelo MPF, que denunciou os investigados pelos crimes previstos no artigo 288 do Código Penal (associação criminosa), artigo 1º da Lei 8.176/1991 e artigo 56 da Lei 9.605/1998, relacionados a atividades ilegais envolvendo recursos ambientais.
Entretanto, o Ministério Público do Estado do Pará, manifestou-se pelo declínio de competência da Justiça Federal, afirmando que os fatos não configuram lesão direta a bens ou interesses da União, devendo o processo tramitar na esfera estadual.
Em despacho do dia 17 de novembro de 2025, o MPPA ratificou integralmente a denúncia oferecida pelo MPF, destacando que o documento atende aos requisitos legais para prosseguimento da ação penal.
Com isso, a Vara Criminal de Redenção assumiu o caso, que segue em fase de processamento.
O caso atual
De acordo com o sistema do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o processo segue em trâmite, com os investigados já citados na condição de réus. O caso é público e inclui peças como inquéritos policiais, denúncia e manifestações do Ministério Público

(Da Redação do Fato Regional)
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