Após decisão judicial que determinou o fechamento das atividades da mineradora Vale, em definitivo, no município de Ourilândia do Norte, o desembargador federal, Hilton Queiroz, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), na última quinta-feira, 13, decidiu à favor da retomada das atividades da mineradora no município, exceto, a atividade relacionada a extração de Ferro-Níquel, do projeto Onça Puma.
Veja a decisão:
Em Ourilândia, na PA-279, nos dias 12 e 13 de junho (quarta e quinta), mais de 5 mil pessoas protestaram contra a decisão anterior, que pedia o fechamento total da Vale no município.
Foto: Mcs Drone
De acordo com a vereadora, Zulene dos Santos, essa foi uma vitória importante, mas, não resolve as necessidades de Ourilândia e da comunidade ourilandense. “Sem dúvida essa decisão é importante, mas, como na semana que vem novas reuniões deverão acontecer, estamos pensando em mais uma vez fechar a PA-279. Mas ainda estamos conversando sobre o assunto”, comenta.
EM BRASÍLIA
O prefeito de Ourilândia, Dr. Romildo Veloso e, o vice Cleber do Lau, seguem em Brasília acompanhando o rumo destas decisões e, continua firme no empenho a conseguir que a Vale volte a operar normalmente, em sua totalidade no município, garantindo emprego e renda na região.
ONÇA PUMA
Onça Puma é uma mina de níquel da Vale e, segundo o MPF, o empreendimento cercou por todos os lados três aldeias indígenas na região do Cateté, no sudeste do Pará, entre as cidades de Ourilândia do Norte, Parauapebas e São Félix do Xingu. De acordo com o MPF, são 14 empreendimentos no total, extraindo cobre, níquel e outros minérios, todos de propriedade da Vale, alguns já implantados, outros em implantação. Essa atividade, segundo o MPF, prejudicou os índios Xikrin, com a contaminação do rio Cateté, com minerais pesados.
Em nota, a Vale informou que tem buscado a retomada das atividades do projeto Onça Puma no município e assegura que têm laudos técnicos que provam que as atividades da empresa não teriam qualquer relação com a suposta contaminação do rio Cateté.
Da Redação Fato Regional