Quatro dos 30 internos que estavam sendo transferidos em um caminhão-cela, do presídio do Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRA) para Belém, foram mortos por asfixia, confirmou esta manhã o governo do Estado. As mortes, segundo informações preliminares, ocorreram durante um desentendimento entre os presos, na noite desta terça (30). O comboio que levava os detentos partiu ao meio-dia de Altamira.
Transferências envolvem 46 detentos
Durante as mortes, o caminhão-cela pernoitava em Marabá, também no sudeste do Estado, antes de seguir para Belém. A finalidade era remanejar os presos para outros estados e outras casas penais do Pará. Ao todo, 46 detentos do Centro de Recuperação Regional de Altamira estavam sendo transferidos desde ontem (30) pela manhã.
Desses, 30 participantes do confronto eram trazidos à capital em caminhão-cela. Outros 16 foram tranferidos ontem em aeronaves que pousaram em Belém e foram levados ao complexo penitenciário de Americano, em Santa Izabel – onde aguardam decisão judicial para transferências a unidades prisionais federais de outros estados e também a outras cadeias paraenses.
As transferências foram determinadas após o massacre de 58 internos na casa penal de Altamira, ocorrido durante confrontos de facções, na segunda-feira (29). Com essas mortes, sobe para 62 o números de apenados mortos após o ocorrido.
Presos seriam da mesma facção, diz governo
Segundo nota da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), as quatro mortes ocorreram no trecho entre Novo Repartimento e Marabá. Segundo a Segup, as vítimas seriam da mesma facção e viviam juntos nas mesmas celas. “Foram comparsas no confronto entre facções. Durante o transporte, estavam algemados, divididos em quatro celas. A capacidade das celas era para até 40 presos, e 30 eram transportados. O Estado não possui caminhão com celas individuais”, informou o governo do Estado do Pará.
A ação criminosa teria ocorrido entre 19 horas e 1 hora da manhã. Ao chegar a Marabá, os agentes encontraram quatro presos mortos por sufocamento em duas celas. Todos os 26 presos remanescentes serão colocados em isolamento. As razões deste fato lamentável estão sendo investigadas.
Os corpos dos quatro presos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá para realização de exames de necropsia.
Fonte: OLIBERAL.COM