domingo, 19 de janeiro de 2025

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

Pará não terá queda nos casos de covid-19 nos próximos meses, alerta especialista

Vice-presidente da Sociedade Paraense de Infectologia diz que estado seguirá tendência nacional de crescimento no número de casos
Helena Brígido diz que isolamento social é necessário e 80% dos infectados no estado estão assintomáticos (Cristino Martins / O Liberal)

Nos últimos 13 dias, de 18 até a manhã de 31 de março, 34 casos do novo coronavírus (Covid-19) foram confirmados no Pará. A doença já atingiu pessoas nas faixas etárias entre de 9 e 68 anos e somente nesta terça (31) foram oito novos casos confirmados.

Ao levar em conta o tempo de confirmação do primeiro caso no Pará, ocorrido em Belém, dia 18 de março,  a infectologista Helena Brígido, vice-presidente da Sociedade Paraense de Infectologia (SPI), afirma que esse quantitativo de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus já era esperado.

Brígido destaca que a tendência é de crescimento nos casos nos próximos dias. “Não haverá queda nos próximos meses. A projeção para todo o país, e no Pará não é diferente, é o aumento do número de casos diante de 80% da população infectada estar assintomática. Portanto, o vírus está circulando entre pessoas e nem sabemos que tem a infecção”, afirma a estudiosa no tema.

A infectologista explica que ainda não há possibilidade de comparar o aumento nos casos no Pará com os demais estados brasileiros.  “É difícil fazer a comparação com outros estados, porque existem epidemias em cada região do nosso país, por sermos heterogêneos. São diferenças de acesso geográficos, demografia, acesso a serviços de saúde, acesso a testes, profissionais com Equipamento de Proteção Individual (EPIs), etc.”.

No Pará, a taxa de transmissibilidade do vírus ocorre de uma pessoa para duas até cinco pessoas. Ela vale para cada 100 mil pessoas  E a falta de proteção leva à transmissão. “Se a população estiver desprotegida, sem a distância de pelo menos um metro e meio, sem máscara protetiva, se for idoso ou tiver outra vulnerabilidade, a transmissão vai ocorrer”, frisa a infectologista, que é docente da Universidade Federal do Pará.

Ela enfatiza que é fundamental que a população mantenha o isolamento social, ficando em casa, o distanciamento social, a proteção individual e a calma. “O número de casos não será tão acentuado se houverem medidas de proteção. Além disso, precisa haver maior número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e EPIs em quantidade suficiente para os profissionais de saúde”, afirma Helena Brígido.


As principais medidas para ajudar a não aumentarem os casos de Covid-19 são: 

  • Distanciamento de uma pessoa para outra;
  • Busca de serviços de saúde somente em casos de vírus respiratório que precise de medicamentos injetáveis ou de exames;
  • Execução da etiqueta da tosse por todos os que estiverem com espirros e tosse;
  • Lavagem das mãos;
  • Uso de álcool em gel;
  • Número adequado de leitos para casos da Covid-19;
  • Equipamento de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde.

 

 

Fonte: O Liberal