sábado, 23 de novembro de 2024

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Guedes sugere que governadores usariam dinheiro de socorro à saúde para ‘fazer política’

Governo federal já transferiu cerca de R$ 90 bilhões a estados e municípios por meio de projetos já aprovados no Congresso.
(Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

O ministro Paulo Guedes (Economia) sugeriu nesta quinta-feira (30) que governadores e prefeitos poderiam usar o dinheiro do socorro da União a estados e municípios para fazer política, em vez de aplicar os recursos em saúde e no combate ao coronavírus.

As declarações foram feitas durante participação do ministro em reunião virtual da comissão mista do Congresso de acompanhamento das medidas de enfrentamento à pandemia.

Aos senadores e deputados Guedes afirmou que o governo federal já transferiu cerca de R$ 90 bilhões a estados e municípios por meio de projetos já aprovados no Congresso.

O ministro afirmou ainda que, com a proposta que está para ser votada no Senado no sábado (2), o valor subiria para cerca de R$ 130 bilhões, com a contrapartida de que governadores e prefeitos congelem reajustes salariais a servidores.

Guedes defendeu a proposta. “Por isso que não pode ter aumento de salário, nenhum outro uso desses recursos que não seja relacionado ao coronavírus. Senão seria uma covardia contra o povo brasileiro”, disse.

“Se aproveitar do momento em que a população brasileira está sendo abatida por um vírus, se aproveitar disso para fazer política, em vez de cuidar da saúde, seria uma traição ao povo brasileiro, inaceitável”.

O ministro defendeu ainda que o dinheiro que será transferido para a saúde seja fiscalizado para não ser “desviado para outros usos”.

“Nós queremos ser monitorados, nós queremos ser fiscalizados, nós queremos ter certeza de que nós fizemos a nossa parte. Mandamos os recursos”, afirmou.


“Se esse dinheiro entrar nos estados e não tiver a fiscalização dos TCEs [tribunais de contas estaduais] para saber se esse dinheiro está indo para o lugar certo, não tiver uma boa execução por prefeitos e governadores, nós gostaríamos que os senhores nos ajudassem a monitorar esses recursos”, afirmou.

Fonte: Por Folhapress