O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, alertou sobre os riscos de ser necessário retornar ao confinamento, caso os países que estejam deixando as restrições para combater a pandemia de coronavírus não administrem as transições “com muito cuidado e em uma abordagem em fases”.
Ele listou uma série de medidas necessárias antes que os países afrouxem medidas destinadas a controlar a propagação da covid-19, doença respiratória provocada pelo coronavírus, como controles de vigilância e preparação do sistema de saúde. “O risco de retornar ao bloqueio permanece muito real se os países não administrarem a transição com muito cuidado e com uma abordagem em fases”, afirmou ele.
Tedros, que chegou a ser criticado pela forma de lidar com o surto, disse que fará uma análise da resposta dada pela agência, mas que vai aguardar até que a pandemia recue. “Enquanto o fogo está aceso, acho que nosso foco não deve ser dividido”, afirmou.
O diretor defendeu o protocolo da OMS de alerta sobre o potencial de transmissão de pessoa para pessoa, lembrando que informou o mundo disso no início de janeiro. A organização tem sido acusada pelo seu principal doador, os Estados Unidos (EUA), de ser “centrada na China”. Os EUA têm cortado o financiamento ao órgão.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, vem afirmando que tem “evidências” de que o novo coronavírus surgiu em um laboratório em Wuhan, na China, enquanto os cientistas têm informado à OMS que a origem é animal.
Fonte: Agência Brasil