Com o número de mortes por coronavírus aumentando no país e a possibilidade de que o Brasil seja o novo foco da pandemia no mundo, partidos já cogitam realizar de forma online as convenções para oficializar a escolha de seus candidatos nas eleições municipais.
A maior parte das siglas já adaptou a rotina para o isolamento social e vem realizando reuniões de dirigentes, votações internas, cursos, eventos e debates por meio das redes, mas o compasso de espera dá o tom em todas as siglas, tanto em relação à evolução da doença nos próximos meses como em relação à sinalização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que até agora não alterou o calendário.
Não só os partidos, mas também o TSE começa a se mover para adaptar as convenções à nova realidade. A discussão sobre fazê-las online, o que envolve orientação da corte sobre o que será válido, já ocorre internamente no tribunal —embora ainda não haja decisões formais sobre isso.
Simbólicas por reunirem até centenas de filiados e apoiadores, as convenções costumam ser grandes eventos em salões enfeitados com faixas e bandeiras onde jingles se revezam com discursos políticos.
O ponto problemático passou a ser a aglomeração da militância. É nas convenções que os filiados votam para escolher quem serão os candidatos do partido a vereador e a prefeito.
Um grupo de trabalho do TSE designado para projetar efeitos da pandemia na eleição municipal concluiu até agora que é possível realizá-la no prazo correto, com os dois turnos em outubro (4 e 25).
No entanto, o ministro Luís Roberto Barroso, que assume a presidência do TSE neste mês, indicou que um possível adiamento não deveria passar de dezembro –o que evitaria a polêmica de estender o mandato dos atuais prefeitos e vereadores.
Fonte: Folha de São Paulo e Roma News