“Vida que segue”, disse ontem o vice-presidente Hamilton Mourão ao afirmar que considera superado o “incidente” com Gilmar Mendes após a declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o Exército está se associando a um “genocídio” – em referência à crise sanitária no Brasil.
“Acho que o ministro errou, mas considero que este incidente está superado”, afirmou o vice-presidente à Rádio Gaúcha.
Durante a semana, Mourão havia cobrado uma retratação de Gilmar: “Se ele tiver grandeza moral, tem de se desculpar”. Na terça-feira, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, acionou um artigo da Lei de Segurança Nacional sobre em representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro. Em um gesto para apaziguar os ânimos, Gilmar falou por telefone com o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello.
Questionado na entrevista sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil, que ultrapassou o patamar de 2 milhões de infectados, Mourão elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS). “O nosso sistema público de saúde vem dando conta disso. Então é uma grande vitória do SUS e de todos os profissionais que o construíram e que trabalham nele”, disse Mourão.
Como revelou o Estadão, Pazuello tem sido orientado a ir para a reserva caso queira continuar como interino na Saúde ou deixar o cargo se a opção for permanecer como militar da ativa. “A decisão de manter ou não o Pazuello é do presidente (Jair Bolsonaro), afirmou o vice.
Fonte: Agência Estado