sábado, 23 de novembro de 2024

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Pará deverá ter 165 mil casos e 6 mil óbitos por covid-19 até 11 de agosto

Das cidades analisadas no estado,Xingu, no sul do Pará, está entre as que merecem atenção por apresentarem tendência de crescimento na curva de óbitos.
Todo o sistema penitenciário tem recebido, diariamente, ações de saúde para triagem, identificação, por teste rápido, e tratamento de possíveis casos (Ascom Seap)

O “Boletim Covid Pará nº 11” do grupo de professores da Universidade Federal Rural do Pará (Ufra)e Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), com a colaboração de pesquisadores da UFPA, além de UEPA, UFPR e UFV, que analisam dados sobre o novo coronavírus no Estado, traz nesta sexta-feira (31) previsões e projeta que o Estado deve chegar a um total de 165.095 casos acumulados de covid-19 e a um total de 6.036 de óbitos acumulados (valores médios) até o próximo dia 11 de agosto”.

A informação foi repassada, hoje (31), pelo professor Marcus Braga, da Ufra, que integra o grupo de pesquisadores. Esta é a primeira vez que os professores fazem previsões para o período de 14 dias. Os estudos enfocam 13 regiões de saúde no Estado, abrangendo 40 municípios.

Atenção

Dentre as Regiões de Saúde que merecem atenção devido à tendência de crescimento nos óbitos acumulados nas próximas duas semanas, aparecem apenas três: METROPOLITANA II, TAPAJÓS e XINGU I.

Do ponto de vista dos leitos de UTIs, as regiões de saúde que devem apresentar uma alta demanda de UTIs, acima ou no limite operacional da região), nas próximas duas semanas, são XINGU, ARAGUAIA, CARAJÁS, TAPAJÓS, LAGO DE TUCURUÍ e MARAJÓ OCIDENTAL.

Cidades

Das cidades analisadas no estado, as que merecem atenção por apresentarem tendência de crescimento na curva de óbitos são: São Félix do Xingu, Alenquer, Marabá, Rondon do Pará, Ananindeua, Santa Izabel do Pará, Tomé-Açu, Capitão Poço, Paragominas, Bragança e Itaituba.
Um total de 27,5% das 40 cidades avaliadas no boletim. 72,5 % dos municípios avaliados permanecem em situação estabilizada.

Boletim

Marcus Braga repassou que “a edição de número 11 do Boletim Covid Pará projeta a curva de casos confirmados com uma tendência de suavização em relação ao boletim anterior, ou seja, os casos confirmados de Covid ainda sobem, mas com uma intensidade menor. A curva de óbitos acumulados segue o mesmo comportamento de subida moderada para o período previsto, mantendo a mesma tendência dos boletins anteriores. A evolução diária da curva óbitos mantém a tendência de queda sustentável. De maneira geral, o estado permanecerá em situação estabilizada”.

Subsídios

O modelo utilizado no boletim se baseia na técnica de Redes Neurais Artificiais para fazer previsão de curto prazo (14 dias) do número de casos acumulados, óbitos acumulados, casos confirmados nas últimas 24h e óbitos confirmados nas últimas 24h. O boletim, como disse o professor,  também apresenta previsões sobre a demanda de recursos hospitalares, como leitos de UTI, leitos comuns (clínicos), quantidade de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem.

A equipe do boletim começou a estudar o fenômeno epidemiológico da covid-19 em fevereiro e, em abril deste ano, publicou um artigo cientifico internacional com previsões para o Estado do Pará. A partir daí, o grupo decidiu analisar os dados e produzir semanalmente um boletim com previsões para 7 dias a frente.
“Estas previsões têm sido uma ferramenta de apoio à tomada de decisão por parte do poder público, pois permite que seja dada uma resposta em tempo hábil às necessidades do Estado. Após 10 boletins consecutivos, que mantiveram uma média de acerto superior a 97% e, com a tendência geral de uma estabilização no quadro pandêmico do Estado, este novo boletim, publicado nesta sexta-feira (31), passa a trazer previsões para os próximos 14 dias. Esta mudança permitirá com que as autoridades públicas tenham ainda mais tempo e condições de intervir, caso necessário, nas regiões e municípios mais afetados. Isto garante um monitoramento ainda melhor e mais preciso do comportamento da doença”, concluiu o professor Marcus Braga.

 

 

Fonte: Liberal