Um crime acontecido em agosto de 2019 teve dobramento nesta quinta-feira, 13. Duas mulheres suspeitas de matar o metalúrgico Leizer Buchiwieser dos Santos se entregaram à Polícia Civil de São Carlos, em São Paulo.
Trata-se do casal Jaqueline Priscila Dornelas Chaves, de 31 anos, Isabela Menegheli Belchior, de 26. Ainda há outros foragidos que estão em prisão temporária decretada desde março por latrocínio, que é um roubo seguido de morte. Isabela é filha do cantor Belchior, que morreu em 2017.
A filha do cantor confessou a autoria do crime, mas disse que foi em legítima defesa, pois ela teria sido agredida por Santos. Segundo relato da polícia, a vítima era pedófila e costumava marcar programas sexuais e pedia sempre envolvimento de menores de idade e crianças. Para isso oferecia um pagamento maior.
Segundo a polícia, ele marcou com Jaqueline um programa de R$ 500. Jaqueline teria levado a sobrinha de apenas 3 anos de idade para o encontro. Nessa quinta-feira, Jaqueline e Isabela foram à delegacia. As advogadas delas disseram que elas e se entregaram espontaneamente para esclarecer tudo sobre o crime e colaborar com a polícia. Também alegaram que a criança não estava presente no momento do crime.
Em depoimento de quatro horas, Isabela assumiu agressão, mas ela alegou que tentou se defender de Santos.
Santos desapareceu em agosto de 2019, depois de sair para trabalhar. O carro foi encontrado queimado em canavial e o corpo foi achado com mãos e pés amarrados em uma mata da região da Babilônia em 1º de setembro. Segundo delegado, Jaqueline disse à mãe de sua sobrinha que iria comprar um lanche para a menina. Ainda segundo relato, a suspeita informou ao irmão sobre encontro.
De acordo com o delegado Aquino, Jaqueline convidou ainda a namorada, Isabela, e um outro irmão para ir ao local do encontro. A polícia disse a intenção era extorquir o metalúrgico, pois sabiam que a vítima queria cometer um crime.
Segundo ainda o relato do delegado, Santos foi até uma casa para encontrar as duas mulheres e a criança, mas lá começou a ser xingado e ameaçado. Foi então que a vítima teria reagido e dois homens que faziam a guarda das mulheres entraram em cena, esfaqueando o metalúrgico.
Depois do latrocínio, o grupo deixou corpo em uma área o carro em outra, o corpo. De acordo com Aquino, o combustível usado para queimar o veículo foi comprado por Jackeline. Elas chegaram a sacar R$ 500 do cartão da vítima.
“As acusadas esclarecem qual foi a participação de cada um no crime imputado e como se deu a dinâmica de todo esse caso. Esclarecem também que em nenhum momento a criança apontada nas investigações esteve presente dentro desse imóvel. Ela [a criança] apenas é mencionada, mas em nenhum momento essa criança teve contato com a vítima ou teve acesso ao interior do imóvel onde ocorreu o crime”, afirmou a advogada de Isabela, Veridiana Pera.
Com informações do G1