domingo, 19 de janeiro de 2025

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

TV Círio vai transmitir a chegada da corda nesta quinta

Fiéis poderão assistir, ao vivo, pelo canal do YouTube, a chegada de um dos símbolos mais significativos da Festa de Nazaré, que será exposto na Estação das Docas, a partir do dia 23
FOTO: Fabrício Coleny / Ascom Basílica Santuário de Nazaré
A corda do Círio 2020, que não terá procissões, chega nesta quinta-feira. O símbolo faz parte da festa desde o século XIX (Fabrício Coleny / Ascom Basílica Santuário de Nazaré)

A corda para o Círio de Nazaré 2020 chega a Belém nesta quinta-feira (10), a partir das 9h. Os fiéis que quiserem acompanhar e saber mais detalhes sobre um dos principais ícones da festa, poderão acompanhar, ao vivo, no canal da TV Círio, no YouTube. A corda foi confeccionada pela empresa Itacorda, de Santa Catarina. O símbolo religioso será vistoriado no sábado (12), a partir das 15h, no colégio Santa Catarina de Sena.

“Por conta das mudanças ocorridas no Círio deste ano, com a ausência das procissões e da Imagem Peregrina nas ruas, a corda será apenas exposta para que os fiéis, que normalmente fazem seus pagamentos de promessas com ela, possam dar prosseguimento a esta tradição, mesmo que de forma diferenciada”, informou a Diretoria da Festa, em nota.

A exposição será na Estação das Docas, a partir do dia 23 de setembro. Porém, apenas uma parte dela ficará no local. A outra seguirá uma programação definida pelo Arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, entre as 95 paróquias de Belém. Nas redes sociais do Círio e da Arquidiocese de Belém, além da TV Círio, será possível acompanhar tudo, neste que é um dos círios mais diferentes da história.

Corda virou símbolo no século XIX

A corda se tornou parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla, desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão. A berlinda ficou atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então se tornou um símbolo permanente. Por conta da confusão que ocorre, na disputa por um espaço ou pedaço da corda, entre 1926 e 1930, o arcebispo dom Irineu Jofily chegou a abolir a corda.

Tanto na Trasladação quanto no Círio, a corda é um símbolo de contato entre os devotos e a santa. É feita em cisal torcido, com 400 metros de comprimento (para cada uma das romarias) e duas polegadas de diâmetro. Até 2003, o formato da corda era de “U” com as duas extremidades atreladas à berlinda. A partir de 2004, por motivos de segurança, a corda ganhou formato linear dividida em cinco estações confeccionadas em duralumínio que ajudam a dar tração à corda e ritmo às romarias.


Em cada uma das estações, há a presença constante dos chamados animadores da corda, que têm a função de estimular os promesseiros por meio de palavras de ordem, cânticos e orações. Atualmente, o atrelamento à berlinda ocorre de forma planejada e com a presença da Guarda de Nossa Senhora de Nazaré e até de militares das Forças Armadas.

Ano após ano, a Diretoria do Círio e órgãos de segurança pedem a corda chegue até seu destino final sem que seja cortada pelos próprios promesseiros. No entanto, sem procissões neste ano, o Círio 2020 não terá esse desafio. Fica o pedido para o Círio 2021. Se tudo der certo, já haverá vacina contra covid-19.