domingo, 24 de novembro de 2024

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Policiais do Pará e do Paraná desarticulam quadrilha que fraudava IPVA

Operação cumpriu 31 mandados judiciais, sendo 16 de prisão. Seis presos foram capturados em Marabá. Organização criminosa mirava proprietários de veículos de luxo.
Somente em Marabá, seis alvos foram capturados. Forças de segurança do Pará têm feito várias cooperações com outros estados. (Foto: PCPA)

Uma cooperação entre as polícias civis do Pará e do Pará desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudes no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Os crimes ocorriam no Paraná. Foram cumpridos 31 mandados judiciais, sendo 16 de prisão temporária e 15 de busca e apreensão. Seis alvos foram capturados em Marabá, sul paraense.

A operação foi executada nesta quarta-feira (7), com mais de 20 policiais civis do Pará dando apoio às equipes do Paraná. No outro estado, foram cumpridos mandados em Curitiba, Foz do Iguaçu, Paranavaí e Umuarama.

Pela investigações, agenciadores cooptavam proprietários de veículos de luxo, oferecendo quitação de débitos de IPVA com descontos que variavam de 30% a 50%. O pagamento do débito era realizado através de invasão de contas bancárias.

Após oito meses de investigações, a Polícia Civil do Paraná descobriu que diversos criminosos estariam atuando no sul do país, associados a criminosos do Pará, para onde a maior parte do dinheiro arrecado era encaminhado.

Os agentes de segurança apuraram também o envolvimento de despachantes. Mesmo sem indícios de que ofereciam o benefício aos seus clientes, eles se valiam dos serviços prestados de pagamento do IPVA para utilizar a fraude. Ou seja, na medida que os valores eram repassados pelos proprietários dos veículos, o ganho dos despachantes era integral.

Foram analisados 27 IPVAs, quitados por duas contas distintas, sendo uma do Rio Grande do Norte e outra da Bahia, nos anos de 2017 e 2019, totalizando R$ 87,9 mil. Os criminosos recebiam entre 50% a 70% do valor total do imposto, já que não tinham custo algum para quitação do débito.


Para dar ainda mais credibilidade à prática criminosa, os investigados cobravam dos proprietários o valor referente à quitação do débito somente após baixa no sistema, comprovando o pagamento. A Polícia Civil informa que as investigações continuam.

(Da Redação Fato Regional, com informações da Polícia Civil)