O professor Francisco da Silva, de 38 anos, foi assassinado a tiros em Parauapebas, no sul do Pará. Ele era presidente do Grupo de Apoio à Moradia Popular de Parauapebas (Gampp) e foi eleito suplente de vereador pelo Partido Progressista (PP), com 471 nas eleições deste ano. Familiares, amigos e correligionários estão em choque.
Francisco da Gampp, como era conhecido, morreu na porta da sede da entidade comunitária que presidia. As primeiras informações das polícias Civil e Militar são de que dois homens chegaram em uma moto — sem cor ou placa identificadas — e chamaram por ele na porta.
Testemunhas relataram aos agentes da PM e da PC que foi possível ouvir Francisco questionar se “era brincadeira”. Não há como saber, por enquanto, qual o contexto dessa frase. Logo em seguida foram ouvidos três disparos de arma de fogo. Dois tiros atingiram ele no peito e um no braço. Não houve tempo de acionar socorro.
Há fortes suspeitas de que o ataque tenha motivação política, por conta da atuação dele com camadas mais pobres da sociedade e lutar por moradia, uma causa social que costuma atrair inimigos por ferir interesses da especulação imobiliária.
Durante a campanha, no dia 11, a sede do PP de Parauapebas — partido ao qual Francisco era filiado — foi alvo da operação Boitatá II, da Polícia Federal, por suspeita do crime de compra de votos. Não se sabe se esse episódio tem alguma relação com a execução do suplente de vereador eleito.
Quaisquer informações que possam ajudar na captura dos assassinos de Francisco da Gampp podem e devem ser repassadas ao Disque-Denúncia (181). Não é preciso se identificar e a ligação é gratuita. Se a informação for mais urgente, é necessário ligar para o 190.
(Da Redação Fato Regional)