De acordo com informações do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil atingiu, nesta terça-feira, 24, a marca de 170 mil mortes confirmadas de Covid-19. Nas últimas 24h, foram registrados 630 novos óbitos.
Na sexta-feira, 20, quando o país atingiu 6 milhões de casos da doença, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) publicou uma carta aberta para alertar as autoridades políticas sobre a gravidade da situação sanitária no país. O objetivo do documento é pressionar o governo a tomar medidas a fim de conter o aumento na quantidade de casos e óbitos.
“A epidemia de Covid-19 se alastrou por todo o território nacional e o quadro verificado hoje pode em pouco tempo levar a uma situação pior do já vivemos até aqui: o epicentro pode ser o país inteiro”, diz a nota. A entidade chama a atenção ainda para o aumento da taxa de ocupação em vários hospitais públicos e privados, indicando que o sistema de saúde pode “entrar em colapso rapidamente”.
Taxa de transmissão em alta
O Imperial College de Londres divulgou, nesta terça-feira, 24 que a taxa de transmissão do coronavírus – a chamada Rt – está em 1,30. Isso significa que, para cada 100 pessoas contaminadas pelo vírus, outras 130 serão infectadas – ou seja, crescimento no ritmo de contágio da doença.
A última vez que a taxa de transmissão esteve nesse patamar foi em 24 de maio, quando atingiu 1,31. Desde então, o índice estava em queda e, há duas semanas, atingiu seu número mais baixo, de 0,68.
De acordo com especialistas, quando o Rt é superior a 1, a epidemia está avançando, pois cada pessoa é capaz de transmitir o vírus para mais de um indivíduo.
Ainda não há consenso entre epidemiologistas e sanitaristas a respeito de o Brasil estar ou não enfrentando segunda onda de Covid-19 – alguns falam que estamos vivendo um repique da primeira onda, outros sustentam que o crescimento recente no número de contaminados e de óbitos já representa uma segunda onda que emendou na primeira.
De qualquer maneira, todos concordam que o aumento de casos de Covid-19, especialmente nesta época do ano, quando o movimento do comércio cresce e são feitas várias confraternizações, deve acender o alerta da população no sentido de reforçar cuidados como o uso de máscaras, a higiene das mãos e o distanciamento social.
Com informações do Metrópoles