Mesmo com a pandemia de covid-19, com menos de um mês para o fim de 2020, já não há mais quartos disponíveis na maioria dos meios de hospedagem localizados nas principais cidades balneários do Pará. O levantamento feito pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS-PA) traça um panorama sobre os índices de reservas para o fim de ano. E levou em consideração apenas os meios de hospedagens associados das seis localidades que mais recebem um grande volume de turistas neste período.
O resultado é que não há mais quartos disponíveis em Algodoal (Maracanã) e Alter do Chão (Santarém). Em Ajuruteua (Bragança), Salinópolis e Marudá (Marapanim) estão, em média, com 90% da capacidade reservada para os dias de Réveillon. A capital, Belém, não tem histórico de movimento nos meios de hospedagem, exceto nos empreendimentos localizados nas ilhas de Cotijuba e Mosqueiro, que já estão lotados para a virada de ano.
Como alguns empreendimentos estão funcionando com a capacidade reduzida, conforme os protocolos municipais, o levantamento feito pelo SHRBS-PA não levou em consideração a ocupação por número de leitos, como costuma ser feito. Os dados informados pelos associados foi com base na ocupação dos quartos. “É um momento sensível. Ainda estamos enfrentando uma pandemia e há muitas restrições. Não se pode ter muitos hóspedes dentro de um quarto, por exemplo”, citou Fernando Soares, assessor jurídico do sindicato.
A procura pelas reservas nas cidades balneários do Pará se intensificaram a partir do anúncio de cancelamentos de eventos da Virada de Ano no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). “É cedo para falar de faturamento, por isso não entramos nesse mérito. Há uma preocupação por parte dos nossos associados e nossa, do sindicato, enquanto representante legítimo da categoria”, analisou Soares, que tem reiterado aos empresários que sigam todos os protocolos contra a covid-19.
Soares tem acompanhado os diários oficiais municipais para monitorar alterações nos decretos municipais. “É importante lembrar que no período mais crítico da pandemia, Algodoal e Salinópolis se fecharam para o turismo. A reabertura foi gradual, com os meios de hospedagem funcionando apenas com 50% da capacidade. Não sabemos se, até o fim do ano, medidas como esta, de bloqueio, voltarão a ser tomadas pelas prefeituras”, ponderou.
Em relação ao período de hospedagem, o tempo médio de estadia é de 5 dias. A maior parte dos hóspedes é paraense. Exceto em Alter do Chão, onde a maioria dos turistas que confirmaram reservas são de fora do Pará.
(Fonte: SHRBS-PA, com edição da Redação Fato Regional)