sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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PT quer responsabilizar Bolsonaro por frase perigosa a respeito do sistema eleitoral brasileiro

Várias ações foram movidas na Câmara, no Senado e na PGR após o comentário do presidente de que o Brasil poderia ter problemas piores que os dos Estados Unidos em 2022, caso não houvesse voto impresso
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, rechaçou declaração do presidente da República. (Foto: Maryanna Oliveira / Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), sobre possíveis fraudes no sistema eletrônico de eleição brasileira. Após a invasão do Capitólio por extremistas apoiadores do presidente Donald Trump, Bolsonaro voltou a dizer que houve fraude na eleição estadunidense. E ameaçou: Se as eleições de 2022 não tivessem voto impresso e urnas auditadas “nós vamos ter problemas piores do que os Estados Unidos”.

“A frase do presidente Bolsonaro é um ataque direto e gravíssimo ao TSE e seus juízes. Os partidos políticos deveriam acionar a Justiça para que o presidente se explique. Bolsonaro consegue superar os delírios e os devaneios de Trump”, criticou Maia, nas redes sociais.

Para o PT, Jair Bolsonaro voltou a levantar dúvida sobre a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. A incitação de Trump levou a protestos que resultaram na violenta e golpista invasão à sede do Legislativo estadunidense. Como líder de uma nação e de uma base de apoiadores extremistas, Bolsonaro, com um discurso como esse, pode incitar violência e tentativas de golpes semelhantes no Brasil.

Numa ação, o PT pede que “se instaure o devido processo administrativo para que se apure fatos constantes da declaração do presidente da República e, caso verificada a sua improcedência, sejam tomadas as ações necessárias para eventual responsabilização penal, por improbidade administrativa e civil do presidente”.


O documento foi assinado pelo senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT no Senado; pela presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR); e pelo deputado Ênio Verri (PR), líder da bancada do PT na Câmara. Ao todo, são duas representações contra o presidente Jair Bolsonaro, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Procuradoria-Geral da República (PGR).

(Fonte: Agência Câmara de Notícias e Agência Senado de Notícias, com edição de Victor Furtado, da Redação Fato Regional)