O dia 15 de janeiro é considerado o Dia Nacional do Jogo Limpo e de Combate ao Doping nos Esportes. Durante todo o mês, a comunidade esportiva, de várias modalidades, discute o tema. No Pará, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) alerta sobre os riscos da prática do doping nos esportes.
O doping é caracterizado pelo uso de substâncias que podem alterar a resposta do corpo. Muitos usam com o objetivo de potencializar rendimentos, força, agilidade, perda de peso, tolerância à fadiga, aumentar a velocidade de recuperação de lesão tecidual gerada pelo exercício, dentre outros. Entretanto, o uso ilícito destes artifícios pode causar problemas sérios para a saúde de quem utiliza.
Segundo Erivelto Pastana, diretor de Esportes e Lazer da Seel, a secretaria faz um trabalho de orientação aos atletas junto às Federações esportivas, assim como aos participantes dos programas desenvolvidos pelo órgão sobre a importância do não uso de substâncias ilícitas. Apesar da incidência de produtos não naturais ser mais comum em competições nacionais ou internacionais, com atletas de alto rendimento, o cuidado deve ser constante e com todas as idades.
“Sejam atletas de alto rendimento ou amadores que estão iniciando a carreira, alertamos sobre os malefícios que causam essas substâncias. Nossas orientações vão desde o programa ‘Talentos Esportivos’, que envolve crianças, adolescentes e jovens, até o ‘Vida Ativa’, que é voltado para a terceira idade. Todos precisam entender os riscos”, informa o diretor.
O uso ilícito de substâncias – medicamentos e hormônios – como artifício para ganhar competições esportivas, é uma prática antiga. Especialmente em competições internacionais, são feitos testes anti doping antes da preparação, durante o evento e depois, com o objetivo de garantir a igualdade de condições entre os esportistas.
“O atleta treina incansavelmente para atingir maiores e melhores resultados para quebrar recordes. E, infelizmente, alguns optam por fazer uso desses artifícios, que ao serem identificados, vão bani-los da competição, o que é prejudicial à carreira e, sobretudo, à sua saúde”, ressalta Erivelto Pastana.
Efeitos colaterais podem ser devastadores e até fatais
A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) chama atenção aos efeitos nocivos das substâncias ilícitas para a melhora de desempenho. Agentes anabólicos, hormônios, diuréticos, estimulantes, narcóticos, bloqueadores, dopagem sanguíneas, entre outras, são substâncias que podem causar efeitos colaterais.
Os agentes anabólicos, incluindo a testosterona, por exemplo, utilizado em tratamentos de puberdade tardia, em alguns tipos de impotência e perdas de funções causadas por infecção que acarrete perda muscular, podem trazer efeitos tanto fisiológicos, como psicológicos. Danos como o surgimento de acne, problemas no fígado, atrofia de crescimento, aumento de agressividade são uns dos efeitos. A retirada dessas substâncias pode ser associada à depressão e, em alguns casos, suicídio.
Em homens, pode originar o desenvolvimento de tecido mamário, diminuição dos testículos, impotência, redução da produção de esperma. Em mulheres, cessa o desenvolvimento dos seios, crescimento de pelo na face, e parte superior das costas, ciclo menstrual anormal, engrossa a voz, dentre outros. Os efeitos podem ser permanentes e variam em cada um.
(Fonte: Seel, com edição da Redação Fato Regional)