O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não vê obstáculo político, mas sim técnico, na demora para envio ao Brasil de insumos chineses usados na produção de vacinas contra a covid-19. A declaração foi dada nesta quarta-feira (20), em entrevista à GlooboNews, após uma conversa com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Logo, foi descartado, ao menos por enquanto, que os desastres diplomáticos do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tenham afetado essas negociações.
“Ele [embaixador chinês] abriu a conversa já relatando que, de forma nenhuma, haveria obstáculos políticos para a exportação dos insumos da China. (…) Ele disse que trabalha junto ao governo chinês para que a gente possa acelerar – a exportação, no nosso caso – desses insumos para que possamos restabelecer logo a produção. Entendi a reunião como muito positiva”, disse Rodrigo Maia.
O embaixador Yang Wanming não mencionou possíveis datas de liberação dos insumos ao Brasil. Nesta terça (19), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que a entrega da vacina de Oxford vai atrasar de fevereiro para março devido à demora na chegada do insumo farmacêutico ativo, que vem da China.
Esse é o mesmo insumo é usado na fabricação da CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac, em São Paulo. As vacinas CoronaVac e de Oxford são as únicas autorizadas até o momento pela Anvisa para uso emergencial no Brasil.
(Da Redação Fato Regional, com informações de Metro1)