O Instituto Butantan tem um lote extra de 54 milhões de doses da CoronaVac — vacina contra covid-19 feita em parceria com o laboratório Sinovac — e poderá negociar diretamente com estados e municípios. Isso porque o Governo Federal, até agora, não se pronunciou sobre a intenção de compra. O prazo para declarar interesse encerra em 30 de maio. Outros países estão manifestando interesse e as doses podem até ser exportadas.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), está tentando não atropelar a liderança do Ministério da Saúde no Plano Nacional de Imunização (PNI). Mas adiantou, nesta quinta-feira (28), que vai garantir doses se o Governo Federal demorar demais a manifestar o interesse. A declaração foi feita no perfil dele no Twitter.
Caso isso não ocorra, o @GovernoPara irá comprar a cota do Estado e assim, garantir a continuidade da vacinação e imunização do povo paraense. #BoraVacinar
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) January 28, 2021
“Pessoal, estamos na torcida para que o Ministério da Saúde compre todas as 54 milhões de doses de vacina do Butantan e entregue para os estados. Caso isso não ocorra, o Governo do Pará
irá comprar a cota do Estado e, assim, garantir a continuidade da vacinação e imunização do povo paraense”, declarou o governador. O Governo do Pará já havia assinado um protocolo de intenção de compra direta com o Instituto Butantan. Essa seria a cota paraense.
Já há um lote de 46 milhões de doses da CoronaVac que serão entregues até 30 de abril. Nesse lote, o Governo Federal já participa e incluiu as vacinas no PNI. Esse lote extra, de 54 milhões de doses — somando 100 milhões só neste primeiro semestre, garantindo a imunização de 50 milhões de pessoas — foi revelado nesta quarta-feira (27) por Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, que disse que devido à falta de
Na manhã desta quinta, em entrevista à Globo News, Dimas Covas já mudou um pouco o discurso e disse que poderá priorizar negociações diretas com estados e municípios, que assinaram protocolos de compra, como o Pará, e já manifestam interesse em mais doses. O Ministério da Saúde, em nota, informou que vai se manifestar dentro do prazo estipulado, que é até 30 de maio.
(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)