O deputado federal Daniel Silveira (ainda do PSL-RJ) segue preso. Nesta quinta-feira (18), ele passou por audiência de custódia, procedimento no qual um magistrado pode decidir por relaxar a prisão, temporariamente, ou manter. O juiz Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), optou por manter a prisão do parlamentar.
Daniel Silveira será transferido da carceragem da Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro para o Batalhão Especial Profissional da Polícia Militar. Na sede da PF, já houve mais um problema pesando contra o deputado: dois celulares foram apreendidos com ele dentro da cela. A PF comunicou ao STF e mais um inquérito será aberto.
A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, no final da noite de terça-feira (16), pela prática de agressões verbais e ameaça aos ministros do STF. O parlamentar também é acusado de incitar o emprego de violência para tentar impedir o livre exercício das atividades do Legislativo e do Judiciário e incitar a animosidade entre as Forças Armadas e a Corte. Ele defendeu o Ato Institucional 5 (AI-5), o pior e mais repressor instrumento da ditadura militar, que instalou censura à imprensa e fechou as casas legislativas estaduais e federal.
O último recurso do deputado bolsonarista é aguardar a decisão da Câmara dos Deputados por manter definitivamente ou relaxar a prisão. Mais cedo, apontou a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), teria ligado para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para adiantar que a Casa poderia manter a prisão.
(Da Redação Fato Regional)