sábado, 23 de novembro de 2024

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17 presos em mega operação da Polícia Civil do Pará. Seis PMs foram capturados.

Foram dois anos de investigações, que iniciaram com a morte do radialista Jairo Sousa, em Bragança
Mais de 100 agentes participaram da força-tarefa desta quarta (Foto: Ascom PCPA)

Seis policiais militares foram presos em uma mega operação da Polícia Civil, deflagrada na manhã desta quarta-feira (24). Ao todo, foram 17 pessoas presas. Todas envolvidas em assassinatos cometidos no estado. Ao todo foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva. A Corregedoria da Polícia Militar deu apoio à operação, que foi batizada de Taiguara.  Três pessoas também foram presas com armas de fogo sem o respectivo porte legal ou por estarem em posse de entorpecentes.

A primeira prisão foi feita ainda nos primeiros minutos da manhã, no bairro Perpétuo Socorro, periferia de Bragança, nordeste do Pará. A ação dos policiais da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) durou cerca de 3 minutos, da chegada à residência até a prisão do alvo. No momento em que foi abordado, o homem tentou atirar utilizando uma arma de fogo contra os policiais, mas foi rapidamente imobilizado, sem nenhum disparo. Na casa do homem foram encontradas três armas com a numeração de série raspada, munição sem identificação, uma farda militar, drogas e quatro aparelhos celulares.

Todos os acusados capturados na cidade conhecida como “Pérola do Caeté” foram levados para a delegacia, juntamente com todo o material apreendido. Entre os itens estavam cerca de 15 revólveres, munição, dinheiro, colete balístico e até fardamento policial falso. Mais de 100 agentes de segurança pública atuaram na primeira fase da operação Taiguara. As investigações que levaram à força-tarefa desta quarta duraram dois anos.

 

Armas, drogas e até fardamento falso da PM foram apreendidos. (Foto: Ascom PCPA)

 

Em coletiva à imprensa, realizada no início da tarde desta quarta-feira (24), o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, disse que o material apreendido servirá para elucidar crimes diversos. “Algumas das armas são de grosso calibre, que estavam ou na residência dessas pessoas ou em poder dos mesmos. Apreendemos também celulares e munições. Tudo isso agora será analisado, porque a gente acredita que, com essas prisões, com essas apreensões, a gente vai ter condições de desvendar outros crimes, não apenas de Bragança, mas também daquela região”, enfatizou o delegado.

Resende, que acompanhou a operação durante as investigações e na execução, disse ainda que a operação Taiguara terá outros desdobramentos: “Essa é a primeira etapa, que vai prosseguir após os interrogatórios e a análise do material, já que agora vamos poder fazer comparação balística nos instrumentos apreendidos.


O titular da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará, delegado Cláudio Galeno, enfatizou que a ação ocorreu após uma série de denúncias, que, a principio, relatavam execuções de pessoas na cidade de Bragança e cidades vizinhas: “Tudo se iniciou, primeiramente, no ano de 2018, quando a Divisão de Homicídios conseguiu desvendar o assassinato do radialista Jairo Sousa. Foi quando tivemos fundamento suficiente para desdobrar uma outra operação”.

(Da Redação Fato Regional, com informações da Polícia Civil)