Logo após o ministro Edson Fachin anular todos os processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), relacionados à operação Lava Jato, o ministro Gilmar Mendes colocou em julgamento a suspeição do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro. Era um dos principais rostos da operação, junto ao procurador Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba (PR).
Suspeição é termo usado para indicar que determinado ente não deveria assumir determinados julgamentos por ter interesses ou relações conflitantes com as partes do caso. Na abertura do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes votou pela suspeição de Moro.
Nunes Marques, o mais novo ministro do STF, pediu vista no processo, um procedimento que quer dizer que o ministro precisa de mais tempo para analisar o caso. “O tempo foi extremamente curto para um membro da corte que jamais participou deste processo”, justificou.
O recém-chegado, porém, adiantou que se os demais colegas da Segunda Turma do STF quisessem adiantar os votos, poderiam. O ministro Ricardo Lewandowski também votou favoravelmente à suspeição.
Edson Fachin e Cármen Lúcia, anteriormente, já haviam votado para rejeitar o pedido de suspeição apresentado pela defesa de Lula. Cármen Lúcia, entretanto, apontou que vai se manifestar novamente, após a posição de Nunes Marques.
(Da Redação Fato Regional)