O governador Helder Barbalho (MDB) ampliou o toque de recolher no Estado: das 21h às 5h. E ainda endureceu as medidas anunciadas na semana passada, na reedição do decreto 800/2020. Shopping centers funcionarão com a limitação de 11h às 19h. O comércio de rua e feiras ficam limitados das 10h às 17h. Cinemas e academias ficam totalmente proibidas de funcionar. As medidas começam a valer à 0h quarta-feira (10). O Pará é um dos cinco estados brasileiros que não tem fila de espera por leitos, com pouco mais de 76% de ocupação do total disponível.
Na prática, as medidas que começaram a valer na semana passada, continuam valendo. O que muda é que as medidas incluem mais restrições. O acompanhamento desse decreto é diário e com uma avaliação semanal sobre manutenção ou relaxamento. Da semana passada para cá, o cenário não progrediu e por isso as regras se tornaram mais rígidas. Nesta semana, houve 62 registros de infração registrados pelos órgãos de segurança e multas foram aplicadas.
“Estamos agindo para abrir 234 novos leitos em todas as regiões do estado e continuaremos com essas medidas pelos próximos dias, para que possamos manter a oferta de leitos garantidos na Região Metropolitana de Belém e prefeituras estão avançando na aquisição e implantação de leitos em unidades privadas e estruturas públicas”, observou o governador. Haverá aumento da oferta de leitos em Redenção e Marabá, no sul do Pará.
Nesta quarta-feira (9), deve chegar um novo lote de vacinas, cujo quantitativo ainda não foi especificado pelo Ministério da Saúde. A oferta de ônibus será exigida das empresas de ônibus do transporte público, para evitar aglomerações. E a ocupação de alguns supermercados não estão cumprindo as medidas de limitação de acesso e lotação total.
No dia 11 começa, o pagamento do Renda Pará, um reforço de R$ 100 em cota única para beneficiários do Bolsa Família. Serão 1 milhão de famílias, somando R$ 100 milhões em recursos do Pará. No dia 16, o Fundo Esperança será aberto, que é uma linha de crédito para microempreendedores individuais e pequenos empreendedores.
“Cada dia é uma batalha nesta grande guerra. Nos ajudem. Evitem a exposição. Usem máscara. Higienizem as suas mãos, para evitar que você venha a ser infectado e necessite de um leito. Essas medidas são para evitar que tomemos medidas ainda mais restritivas. Não temos nenhum prazer em fechar um estabelecimento. É doloroso e difícil. Mas ou agimos com responsabilidade para pessoas não ficarem doentes, ou corremos risco para daqui uma semana dizer que sistema não atendeu a todos e que temos nossos irmãos morrendo na fila por leito. E então aplicar uma medida de fechar tudo. Neste momento, não descartamos um lockdown”, concluiu o governador.
(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)
