Por o Estado do Pará ser um estado imenso e cortado pelas águas de rios, os policiais militares do 9º BPM, do Arquipélago do Marajó, foram obrigados a usar uma canoa movida a remo para perseguir um suspeito de tentativa de homicídio no último domingo (10). Os cabos Eraldo e Brito e o soldado Odir tentavam localizar Daniel Pereira Lobato, homem que teria agredido um idoso na noite do sábado (09).
Segundo o cabo Brito, Vitor Leão da Silva, de 68 anos, foi brutalmente agredido enquanto dormia pelo jovem, sem nenhum motivo aparente. O criminoso seria membro de uma gangue que se vincula a uma torcida de futebol, e após desferir vários socos no rosto da vítima, foi impedido de continuar as agressões por moradores do local.
A comunidade onde o crime ocorreu tem acesso pela Vicinal 3, que fica às margens da rodovia PA-158, também conhecida como Breves-Anajás. Na manhã do dia seguinte, os policiais receberam a informação de que o suspeito estava em uma área perto do Rio Curuacá. “Na mesma hora, eu e o soldado Odir entramos na canoa e tentamos localizá-lo. Eu costumo dizer que aqui no Marajó o policial arruma solução, e não desculpa. É uma área de difícil acesso, mas não podemos deixar de cumprir nosso dever”, disse o cabo militar.
Junto com as incursões de canoa, os PMs também usaram barcos a motor na busca do suspeito. Apesar da ação da guarnição, os policiais tiveram que voltar para prestar apoio à vítima, que fraturou ossos da face, e o suspeito não foi localizado. Levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município, o idoso foi transferido para o hospital regional do Marajó e, em seguida, levado para Belém. O caso foi registrado pelos familiares do idoso na delegacia de Polícia Civil de Muaná.
A Polícia Militar do Pará informou que o Sistema de Segurança Pública conta com o Grupamento Fluvial, que reúne, as polícias Civil e Militar, e que geralmente, as missões em áreas fluviais são desenvolvidas pelo efetivo do Gflu, nas suas diversas unidades distribuídas no Estado.
Fonte: OLIBERAL.COM