A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) mantém o monitoramento de pragas quarentenárias que atingem culturas de banana e citros no território paraense. Em levantamento feito nos dias 19 e 20 deste mês, no Projeto de Assentamento (PA) Tapete Verde, em Parauapebas, sul do estado, veio a confirmação de que essas culturas estão livres de FOC R4T (bananeira) e Cancro Cítrico, Greening e Pinta Preta.
Conhecida como mal-do-Panamá, a FOC R4T é uma doença que deixa as bananas amareladas (de um jeito ruim) e murchas. Já as pragas de citros precisam ser monitoradas com frequência, pois somente com a certificação de ausência (Área Livre) desses males é que a exportação é garantida. Em março deste ano, a inspeção em Marabá também garantiu a saúde da bananicultura da região próxima
O mal-do-Panamá já foi detectado em países próximos ao Brasil. Por isso é necessário manter a máxima atenção e educação sanitária para os bananicultores. As áreas de plantio no Pará estão em crescimento, divididas em pomares comerciais e familiares. Um ataque de pragas gera prejuízos, aumentando os custos de produção e limitando o trânsito vegetal.
Atualmente, o Pará é o oitavo maior produtor de banana do país. Em 2019, teve uma área colhida de 33.662 hectares, com produção de 381.248 toneladas. O rendimento médio é de 11.326 quilos por hectare. Em outros momentos, o estado já foi o 4º lugar e o 1º lugar na bananicultura brasileira.
Orientações sobre documentação e mercado
Além do levantamento fitossanitário, houve orientações sobre educação sanitária; divulgação da Guia de Trânsito Vegetal (GTV) do açaí; e cadastramento do plantio ou extrativismo. “O monitoramento faz parte das ações da Gerência de Pragas Quarentenárias, que possui um levantamento semestral. Estamos à disposição da liderança para uma futura palestra com os produtores da região”, disse o agrônomo Raimundo Júnior, que participou das atividades, junto com o agrônomo Vandeilson Belfort e o agente fiscal Edenilton Leite.
Os servidores também informaram sobre os benefícios da GTV açaí, que permite a rastreabilidade da cadeia produtiva do fruto e a melhoria das políticas públicas. Para o trânsito de citros (limão, tangerina, laranja), a carga precisa estar acompanhada da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), atestando que os frutos saíram de Área Livre e estão isentos de pragas, possibilitando a abertura e manutenção de mercados.
Pelos próximos dias, as atividades continuarão em Parauapebas, com o monitoramento das pragas, Guia de Trânsito Vegetal e orientações sobre comunicação de pragas.
(Da Redação Fato Regional, com informações da Agência Pará)
Siga o Fato Regional nas redes sociais!